O deputado federal José Medeiros (PL) acredita em uma "união de forças" dos bolsonaristas para apoiar a candidatura ao governo do senador Wellington Fagundes (PL). Com a desistência do barão do agronegócio, Odílio Balbinotti Filho (PL), o caminho ficou livre para Wellington construir o seu nome ao pleito. Medeiros afirmou ao HNT TV que seguirá a orientação do partido, endossando o candidato que for recomendado pelo presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho. Mas não escondeu que tinha expectativas que o PL e o União Brasil caminhassem juntos, beneficiando sua intenção de compor "dobradinha" com o governador Mauro Mendes (União Brasil) ao Senado.
"Eu vou acompanhar o candidato ao partido que hoje é o Wellington Fagundes. Não sei como vai se afunilar isso no PL. Obviamente, o partido definiu que terá um candidato ao governo e o senador Wellington já está correndo os municípios como pré-candidato. Isso a Nacional já colocou muito bem, acho que vai ser difícil um alinhamento dos dois grupos nesse primeiro grupo", avaliou José Medeiros ao podcast do Hipernotícias nesta terça-feira (3).
Mendes afiançou apoio ao vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), gerando uma divisão dentro do próprio União Brasil, uma vez que o senador Jayme Campos sinalizou interesse de concorrer ao governo. A federação iminente entre o Republicanos e o MDB coloca mais tensão sobre o grupo de Mauro, já que Pivetta terá de dialogar com a deputada estadual Janaina Riva (MDB), que está na oposição ao governo e também irá pleitear o Senado, dificultando ainda mais a intenção de Medeiros em conjugar uma aliança com o grupo.
No entanto, Medeiros avalia que o maior impasse político não são as conjecturas direcionadas ao Senado e sim a disputa pelo Paiaguás. O deputado federal falou que o PL só conseguiria fechar um acordo com o grupo de Mauro caso Wellington ou Pivetta renunciassem.
"Para caminhar junto, um dos dois teria que renunciar a candidatura. Não vejo o Pivetta dando sinais que vá fazer isso e nem o Wellington", pontuou.
ABILIO DEVE MUDAR POSICIONAMENTO
O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), é um dos bolsonaristas que estava dividido. Pivetta se aproximou do prefeito e, em encontro com o vice-governador nos corredores da Assembleia Legislativa (ALMT), chegou a afirmar que "pediria votos" a Otaviano. José Medeiros entende que o comportamento de Abilio é algo passageiro, atrelado ao momento e, quando for para assumir um posicionamento definitivo nas eleições, o prefeito estará com candidato endossado pela sigla, no caso, o senador Wellington.
"O PL vai trabalhar com isso, evidentemente, quando afunilar as candidaturas todo mundo vai caminhar junto. Se afunilar que é o Pivetta, vai ser o Pivetta. Se afunilar que vai ser o Wellington, com certeza, vai ser o Wellington. Hoje, é o Wellington. Amanhã ou depois, se o senador Wellington decidir ou haver outra decisão pode ser que mude, mas hoje, nesse momento é o Wellington e, com certeza, o Abilio vai caminhar com o partido", concluiu.
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