Por:
José Souza
Terra
Foto-G1 Globo
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A Polícia Civil revelou nesta quarta-feira (9) que a vereadora Elisane Rodrigues dos Santos (PT), de 49 anos, assassinada em Formigueiro, não teve a morte motivada por razões políticas ou de gênero, mas sim pelo envolvimento dela com uma facção ligada ao tráfico de drogas. A conclusão faz parte do inquérito finalizado e encaminhado à Justiça.
Durante coletiva realizada na Delegacia Regional de Santa Maria, o delegado regional Sandro Meinerz e o responsável pelas investigações, delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, detalharam que Elisane exercia um papel crucial na organização criminosa, atuando como tesoureira do grupo. O filho da parlamentar também possui ligação direta com o tráfico.
"O envolvimento da vereadora com o tráfico, associação e lavagem de dinheiro ficou evidente durante as apurações. Seu filho também participa dessas atividades", destacou Meinerz. Segundo o delegado, a participação dela na administração financeira do grupo teria sido fator determinante para o crime.
Firmino reforçou o caráter perigoso da função que Elisane desempenhava e destacou que dívidas da parlamentar com a facção podem ter motivado o assassinato. "Quem se envolve com drogas ilícitas está sujeito à morte ou à prisão", afirmou.
O principal suspeito do homicídio está preso, e a Polícia Civil já identificou o mandante, contra quem foi expedido mandado de prisão preventiva, aguardando parecer do Ministério Público. A identidade do responsável pela ordem não foi divulgada.
As apurações também apontaram movimentações financeiras incompatíveis com a renda da vereadora, que recebia cerca de R$ 3,9 mil mensais, mas acumulava quase R$ 500 mil em contas bancárias. A partir disso, um novo inquérito deve ser aberto para aprofundar a investigação sobre o tráfico, com possibilidade de novas prisões.
"Vamos desmembrar o caso para continuar as investigações financeiras e digitais, buscando identificar outros envolvidos", finalizou Firmino.
Com informações Diário SM