A Terra Indígena Sararé é a que mais foi desmatada no ano de 2024. O principal motivo são as invasões, conflitos e a exploração do território. A presença de facções criminosas, que atuam na garimpagem, também é apontada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que edita o anuário “Cartografia da violência na Amazônia”.
Localizada próxima à fronteira com a Bolívia, a TI se tornou alvo das facções criminosas tanto do Brasil quanto do país vizinho. Foi registrado um aumento de 825% nos garimpos entre 2022 e o ano passado. Essa extração de ouro é financiada por grupos armados que até então atuavam apenas no tráfico de drogas e armas.
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Há registros de cooperação entre garimpeiros e integrantes do Comando Vermelho (CV) e de grupos menores, como o Comando Classe A (CCA), que é uma facção local do estado do Pará, além de grupos criminosos bolivianos.
Os garimpos são usados para lavagem de dinheiro e compra de insumos usados no refino da cocaína. Além do impacto ambiental, a exploração indiscriminada e irregular de ouro na TI Sarará contribui para o aumento da criminalidade. Com isso, os indígenas Nambikwára, que habitam o território, tem sua existência cada vez mais ameaçada.
O garimpo e a extração de madeira nessas regiões não é um fenômeno novo, foi possível observar um aumento exponencial nesse tipo de prática criminosa devido à presença especialmente do Comando Vermelho
O que se vê são porções de terra dominadas por grupos armados, que exploram os recursos naturais e criam novas rotas para o escoamento das drogas e armas que entra pelo Brasil pela fronteira com a Bolívia.
As operações policiais realizadas na TI Sararé já resultaram em um prejuízo ao crime organizado estimado em R$ 237,5 milhões apenas em 2025. Importante destacar que o relatório foi publicado em novembro deste ano. É o maior valor entre todas as Terras Indígenas da Amazônia Legal.















