Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais do Comandos e Operações Especiais, do 4° Batalhão de Polícia de Choque da PM, faziam patrulhamento de rotina pela Vila Yolanda, quando abordaram Jeferson Daniel Florêncio de Araújo, de 44 anos. Ele estava com quatro celulares e cerca de R$ 4 mil em dinheiro.
Ao consultarem a identidade, os policiais verificaram que havia um mandado de prisão preventiva contra ele em aberto pelo roubo de R$ 14 milhões no aeroporto de Caxias do Sul.
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Jeferson, que é integrante de facção criminosa desde 2019, é apontado como o responsável pelo apoio operacional e logístico para cometer o crime. Na época, os criminosos usaram viaturas falsas da PF para abordar o avião após o pouso. Um policial e um assaltante foram mortos na troca de tiros.
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Procurado por assalto de R$ 14 milhões de avião-pagador e suspeito de envolvimento em plano para sequestrar Segio Moro é preso na Grande SP — Foto: Divulgação
Além disso, os policiais verificaram que o homem também é suspeito de planejar um ataque ao setor de retaguarda e tesouraria do Banco do Brasil em Caruaru, Pernambuco, e passou a ser investigado no caso da tentativa de sequestro de Moro.
Em maio deste ano, a Polícia Federal revelou conexões entre o assalto ao avião-pagador, a cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC), e o plano de assassinato contra autoridades de segurança.
Após a prisão, Jeferson foi encaminhado para a Polícia Federal de São Paulo, onde o caso foi registrado.
O g1 procurou a PF para saber se o homem permanecia preso na capital paulista, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Tentativa de sequestro
As investigações apontaram que o plano contra Moro foi uma retaliação motivada por mudanças no regime de visitas em presídios, estabelecidas enquanto ele foi ministro da Justiça e da Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (PL).
Ainda conforme as investigações, criminosos também trabalhavam com a ideia de sequestrar o senador como forma de negociar a liberação de Marcola – condenado a mais de 300 anos de prisão por crimes como roubo, tráfico de drogas e organização criminosa e apontado como um dos chefes do PCC.
Por meio das redes sociais, o senador agradeceu às autoridades envolvidas no reconhecimento, prisão e condenação dos criminosos.
"Agradeço ao MPE/SP, à PF, à polícia de SP e do PR, ao MPF e à JF pelo trabalho realizado. Falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo. Solicitarei providências nesse sentido ao Ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado", disse.
Em outra publicação, o senador afirmou que "o PCC deve ser tratado como uma organização terrorista".
Suspeitos usavam códigos para combinar sequestro de Sergio Moro