O policial militar Ricker Maximiniano de Moraes afirmou ao seu advogado, Rodrigo Pouso, que matou a esposa Gabrieli Daniel Sousa de Moraes, de 31, depois de uma discussão com ela e afirmou que estava ‘de cabeça quente. O motivo do atrito, no entanto, não foi divulgado.
“Ele me disse, nas palavras dele, que estava em uma discussão com ela e perdeu a cabeça e fez aí essa bobeira, essa besteira e está totalmente arrependido e começou agora a cair a ficha. Motivação fora desse contexto, ele não me falou”, informou o advogado em entrevista ao programa Cadeia Neles, da TV Vila Real, nesta quinta-feira (29).
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Gabrieli foi morta com três tiros na casa em que morava com Ricker, localizada no bairro Praerinho, em Cuiabá, no último domingo (25). Familiares acreditam que a vítima foi torturada antes de ser alvejada. Isso porque a mãe da vítima relatou que Gabrieli estava com a cabeça quebrada, braços cortados e cabelo picotado.
Pouso também acredita que houve agressão. Entretanto, Ricker nega. Agora, é necessário aguardar o laudo de necropsia elaborado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para saber o que realmente aconteceu com Gabrieli em seus momentos finais.
“A gente acredita que ela foi agredida antes de ser assassinada. Porque, segundo informações que passaram para gente, as costas dela tinha facada, tinha cortes de faca nos braços, no rosto, atrás de orelha. O cabelo dela, que era longo, comprido, estava todo picotado, e sumiu, não sabemos onde foi parar o cabelo dela. Ele disse que isso de faca, corte de cabelo, não existiu. Eu não posso contestar a fala dos familiares, tenho que ter o laudo pericial, do local do fato”, contou Pouso.
Após matar a esposa, o policial ainda sequestrou os filhos do casal, de dois e cinco anos. Posteriormente, ele deixou as crianças na casa dos pais e se entregou na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e está sob custódia no batalhão da Rotam.
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