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ARMA 'RARA'

OK DOM - Disparos feitos contra Renato Nery atravessaram avenida e pararam em mercado

Por causa do seletor de disparos, a pistola atira de forma aleatória, ou seja, dispara para vários lados, fazendo com que outras pessoas, além do alvo, fiquem em perigo

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Da Redação

A pistola Glock utilizada para assassinar o advogado Renato Nery é de uso proibido e não é fácil de ser adquirida. Além disso, tem seletor de tiro, ou seja, um dispositivo acoplado no armamento que o transforma em uma metralhadora. Tamanha potência pôde ser testemunhada pelos delegados Caio Albuquerque e Bruno Abreu durante as investigações do caso. Isso porque, um dos projéteis chegou a atravessar a Avenida Fernando Corrêa e foi encontrada no Supermercado Assaí, do outro lado da rua do escritório do jurista, onde ele foi baleado.

Renato Gomes Nery tinha 72 anos quando foi alvejado em frente ao seu escritório de advocacia localizado na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá, no dia 5 de julho de 2024. Apesar de serem encontrados cerca de sete disparos nas proximidades da cena do crime, Nery foi atingido por apenas um tiro, na cabeça.

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Agonizando, ele foi socorrido e encaminhado para um hospital particular de Cuiabá, onde passou por cirurgia, mas não resistiu e teve a morte constatada na madrugada do dia 6.

Em coletiva de imprensa, Abreu e Albuquerque revelaram a letalidade da arma. Conforme explicou Bruno, por causa do seletor de disparos, a pistola atira de forma aleatória, ou seja, dispara para vários lados, fazendo com que outras pessoas, além do alvo, fiquem em perigo.

Tanto é que um dos projéteis foi encontrado no estabelecimento comercial. Isto é, no momento em que o assassino confesso, caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, puxou o gatilho, ele poderia ter feito mais vítimas.

Albuquerque ainda reforçou a raridade da arma ao afirmar que dos cinco anos que atua na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP) nunca tinha visto uma pistola como esta.

“Essa arma não é uma arma de localização fácil nas ocorrências. Isso eu falo com propriedade porque estou há mais de cinco anos aqui e eu nunca encontrei um armamento nesse sentido, dessa forma”, contou.

Alex, e os policiais militares Heron Teixeira, Leandro Cardoso, Jorge Rodrigo, Wekerlley Benevides de Oliveira, Wailson Medeiros, Jackson Pereira Barbosa e Ícaro Nathan Santos Ferreira estão presos por suposto envolvimento no crime.

Heron é apontado como intermediário entre os supostos mandantes, o casal de empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bento.

A motivação seria uma disputa de terra. Heron e Alex foram os únicos indiciados, até o momento, pelo homicídio do advogado. O inquérito foi finalizado, mas as investigações continuam.  

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