Presa na última sexta-feira, 09, suspeita de ser mandante juntamente com o marido, do assassinato do advogado Renato Nery, a empresária primaverense Julinere Bastos, que iria prestar depoimento nesta terça-feira, ao delegado responsável pelas investigações na DHPP de Cuiabá, não irá falar mais, sob a alegação de problemas psicológicos.
O marido dela, o empresário do agronegócio Cesar Jorge Sechi, desde o início, nega qualquer envolvimento na morte de Nery e se manteve calado.
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Julinere teria acenado que iria fazer novas revelações importantes sobre a morte do advogado, ocorrida em 6 de julho de 2024, depois de ser alvejado na cabeça ao chegar ao escritório em que trabalhava, em Cuiabá, mas recuou.
Muitos detalhes sobre o crime, que envolveu até o momento pelo menos dez pessoas, foram repassados à Polícia Civil pelo policial militar Heron Vieira, que passou a pistola para Alex Queiroz Silva, amigo dele. O valor da "empreitada" teria sido de R$ 200 mil reais.
Revelações de Heron apontam que cerca de dois meses antes do crime, a vítima passou a ser monitorada, bem como o policial teria vindo a Primavera se encontrar com outro PM responsável pel aintermediação.
Além disso, um dia antes da execução, imagens de câmeras de segurança mostraram Alex diante do escritório da vítima, no mesmo ponto em que estava no dia dos disparos.
A investigação analisou cerca de 180 páginas de conversas extraídas do celular de Nery, que convergiram para uma motivação do crime: conflito em uma ação sobre a posse de uma fazenda, relacionada ao espólio da família de Cesar Sechi. Na ação, Nery recebeu como pagamento cerca de 2,7 hectares da área.