A 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF) instaurou um Procedimento Administrativo para acompanhar a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) diante da crise financeira enfrentada pela Unimed Cuiabá. A decisão foi assinada pelo subprocurador-geral da República Luiz Augusto Santos Lima e publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (30).
A medida foi motivada por ofícios encaminhados pela procuradora da República em Mato Grosso, Denise Nunes Rocha Müller Slhessarenko, que relatam a grave situação deficitária da cooperativa médica e apontam riscos de prejuízos no atendimento da cooperativa aos consumidores.
De acordo com o MPF, o objetivo do procedimento é verificar possíveis falhas na fiscalização e na atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de prevenir ou remediar danos aos usuários do plano de saúde.
No final de 2024, Rubens Carlos Oliveira Júnior, que presidiu a cooperativa entre 2019 e 2023, foi um dos alvos de uma operação da Polícia Federal. A ação visou esclarecer supostas práticas ilícitas, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à ANS, que ocultaram um déficit de R$ 400 milhões no balanço da entidade em 2022.
As irregularidades começaram com a implementação de um novo modelo de governança e vieram à tona com a manipulação de dados financeiros para mascarar a real situação da cooperativa perante a ANS, os cooperados e a atual gestão.
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