Eu não nasci há dez mil anos atrás, porque o meu primeiro choro foi em uma maternidade na década de 90. Desde pequena, eu sempre procurei estudar a história do meu país e as influências das outras uniões, sejam elas políticas, econômicas, sociais e geopolíticas.
Mas eu ando, de certa forma, bastante injuriada com a liberação da responsabilidade de toda a sociedade, com a vida e com a humanidade.
E vou dar exemplos muito simples: O ciclo vicioso parece não ter fim! Sabe de qual ciclo estou falando? É a tal corrupção!
Veja bem, vamos até a década de 70, para ser mais precisa em 1978, o Brasil passou a ter uma belíssima canção, quando o grande poeta Renato Russo compôs a música com o título “Que país é esse”. Ela foi lançada em 1987 e também se destacou por ser a mais ouvida de norte a sul do país, na época.
Nas entrelinhas da canção, Renato questionava a ‘sujeira’ no senado, a falta de respeito com a constituição e o desejo dos brasileiros de acreditarem em um futuro melhor para a nação. E aí, que país é esse?
Dez anos depois, em 88, Cazuza compôs uma canção, chamada “Brasil”. Na primeira estrofe da música a indignação é muito clara.... O músico disse que não o convidaram para essa festa pobre, que os homens armaram para lhe convencer.
Essa música foi e é tema de muitos protestos que ocorrem no Brasil.
Mas o que vemos hoje, 37 anos depois. (Olha que a história política do Brasil começa com a colonização dos portugueses).
Mudança? Nenhuma!
O Brasil continua o mesmo...
A corrupção ainda é tripartite.
A política continua sendo uma lavagem de dinheiro, o que nos mostra que a sujeira ainda não foi varrida.
Sofremos muito com repressão do regime militar no passado e tivemos um grande avanço com a chegada da democracia, no entanto, é utopia minha dizer que sabemos usar os nossos direitos de um país democrático.
Através das músicas citadas, eu pergunto: somos inúteis? Continuaremos a viver em um país de antes, agora e depois?
Então, viva os nossos políticos, viva os cortes de recursos na educação, saúde e segurança pública, viva as obras inacabadas, viva os projetos de leis ridículos, viva nós heróis.