Os bastidores do espetáculo do 'Auto da Paixão de Cristo' em Cuiabá deverão contar com a participação de sete detentas do Presídio Ana Maria do Couto. Elas participaram de uma oficina de caracterização com maquiagem cênica. A ideia é que elas aprendam a criar efeitos especiais de feridas e machucados e ajudem a maquiar os atores para as apresentações. Os espetáculos serão apresentados entre os dias 22 a 27 deste mês, com entrada gratuita.
A principal função das detentas será criar os machucados e feridas em nos atores, que precisarem do efeito.
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Segundo o diretor do espetáculo, Flávio Ferreira, o ator que interpretará Jesus precisará dos efeitos. “É quem sofre, apanha e fica com feridas. Essa é a caracterização mais demorada e leva cerca de tês horas para ficar pronta”, disse.
Além dos machucados, as detentas têm a missão de envelhecer os atores. Para essa parte do trabalho, um levantamento histórico foi feito. “O povo da época era muito sofrido, então vamos precisar envelhecer os atores para deixar o mais real possível”, explicou Ferreira.
Para as caracterizações, as detentas devem usar maquiagem convencional, como batom, além de produtos específicos que são importados. Para simular o sangue, por exemplo, elas devem usar mel e groselha. Os ferimentos na pele serão reproduzidos com pele sintética. A equipe para a caracterização conta, além das detentas, com oito pessoas.