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Sábado, 27 de Fevereiro de 2016, 16h:07 - A | A

FALTA ESTRUTURA

Escolas de MT apresentam problemas mesmo após início do ano letivo

Alunos e sindicato apontam que há unidades sem carteiras ou ventilação

G1/MT

Falta de carteiras, janelas e portas quebradas, salas de aula sem ventilação, ausência de professores e estruturas sob risco de desabamento. Essa é a realidade vivenciada por alunos da rede pública estadual de ensino desde o início deste ano letivo em Mato Grosso.

Segundo a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Aparecida Cortez, só em Várzea Grande oito escolas não tem sede própria e 80% delas precisam de reforma geral. “O ano começou sem ter o quadro de pessoal completo, sem agentes de portaria, ser dar segurança aos pais e mães de que 2016 seria um ano melhor”, disse.

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Na Escola Estadual Professora Arlete Maria da Silva, quem precisar de um livro emprestado deve procurá-lo entre as pilhas amontoadas na sala de informática, uma vez que a unidade não possui biblioteca. Nas salas de aula, os estudantes usam bancos e mesas do refeitório para estudarem, pois as carteiras já viraram sucata e, mesmo já tendo sido solicitadas pela diretoria à Secretaria estadual de Educação (Seduc), não há previsão de quando serão repostas.

As fiações expostas, ventiladores desligados e aparelhos de ar condicionado quebrados também podem ser encontrados na unidade. Os alunos reclamam que não têm vontade de irem para a escola devido à falta de estrutura.

Em outra unidade de Várzea Grande, na Escola Estadual Elizabeth Maria Bastos Mineiro, mais de mil alunos estão estudando de maneira precária e a situação se agravou esse ano, quando a unidade passou a receber estudantes da rede municipal de ensino. Porém, sem lugar para terem aulas, os alunos respondem a lista de chamada e são liberados para voltarem para casa.

No interior, os problemas continuam. Em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, o teto do refeitório da Escola Estadual Marechal Dutra desabou no mês de janeiro. Por sorte, ninguém se feriu. Já em Sinop, a 503 km da capital, os banheiros da Escola Estadual Nossa Senhora de Lourdes não tem pias ou torneiras e o telhado ameaça cair. Segundo o secretário escolar da unidade, Euclécio da Silva Barbosa, a escola tem feito consertos provisórios com os poucos recursos que possui, mas isso não é o suficiente para resolver os problemas.

Outro lado

A Seduc reconheceu o problema de falta de local para os alunos estudarem em algumas escolas e afirmou que  a saída encontrada é a instalação de contêineres para abrigar os estudantes. Os equipamentos devem chegar em 15 dias e as aulas perdidas deverão ser repostas, segundo o secretário de Educação, Permínio Pinto.

“Cada escola tem autonomia para definir a data de reposição, mas é obrigatório que os 200 dias letivos do ano sejam cumpridos”, disse.

Ainda segundo a Seduc, em todas as escolas citadas na matéria serão feitas obras e comprados equipamentos que estão em falta, como as carteiras. Já para a construção da nova sede da escola estadual em Sinop, o prazo dado pela pasta é de 180 dias.

 

Sobre a falta de profissionais, a Seduc afirmou que, se forem apontadas as unidades em que há falhas, imediatamente os professores serão contratados.

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