O deputado estadual Paulo Araújo (PP) afirmou que o partido vai "insistir muito" para que o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) entre na disputa pelo Senado na eleição suplementar que deve ocorrer no ano que vem.
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Na noite de terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos), por seis votos a um, determindo a realização de um novo pleito em Mato Grosso.
“Seria uma honra não só para o partido, mas para o Estado. O ex-senador e ex-ministro Blairo Maggi, sem duvida nenhuma, é a maior referência política que o Estado tem. Mato Grosso estaria muito bem representado no cenário nacional. Nós vamos insistir e muito para que o Blairo possa assumir essa condição de candidato”, afirmou o deputado.
Paulo Araújo admitiu, porém, que em todas as conversas Maggi tem deixado claro que não pretende voltar a ocupar cargo eletivo. Além de senador e ministro, Maggi já foi governador de Mato Grosso entre os anos de 2003 e 2010.
“Não há conversa. Todas às vezes em que tentamos insistir, ele foi muito enfático em dizer que não tem vontade de ser candidato. Mas nós continuaremos insistimos porque seria muito bom pro Estado ter o Blairo nessa disputa. E eu não tenho dúvida que se ele for candidato, será candidato único. Não tem concorrente”, disse.
Para o deputadom Blairo sairia na frente na disputa pois dialoga bem com diversos partidos e segmentos.
“O Blairo milita de A a Z. Ele quase não tem rejeição nos grupos políticos no Estado de Mato Grosso. Ele é da esquerda e direita, praticamente uma unanimidade”, pontuou.
Além de Blairo, o ex-senador Cidinho Santos, o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), o ex-governador Pedro Taques, o ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB), o ex-prefeito de Rondonópolis Adilson Sachetti (PRB) e o presidente Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM) são alguns dos nomes ventilados.
Cassada em duas instâncias
Selma teve mandato cassado, por unanimidade, em abril deste ano pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Logo após, a senadora ingressou com recurso junto a corte superior.
Na noite desta terça-feira (10), por seis a um, os ministros cassaram a senadora, bem como seus suplentes, o empresário Gilberto Possamai e Clerie Fabiana Mendes. Conforme a decisão, eles se tornaram inelegíveis por oito anos.
Cabe recurso contra a decisão. No entanto, conforme a Legislação, ela deverá aguardar o julgamento de um eventual recurso fora do cargo.
Na semana passada, o ministro Og Fernandes, relator do TSE, já havia votado pela manutenção da cassação da congressista e realização de nova eleição.
Na noite desta terça, votaram os ministros Rosa Weber (presidente), Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luis Felipe Salomão, Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Sérgio Banhos. Apenas Fachin ficou a favor de Selma.