A deputada estadual Janaína Riva (PMDB), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e única mulher eleita para o cargo na eleição passada, se manifestou contrária à soltura do empresário Marcos Cesar Martins Campos, de 34 anos, que agrediu a mulher dele, a médica Camila Campagnoli Tagliari, de 29 anos.
O empresário foi solto no último domingo (27), mesmo dia da agressão, após audiência de custódia.
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Janaina disse, durante sessão nesta quinta-feira (31), não ser contra a audiência de custódia em casos de violência doméstica. "Sou contra a audiência de custódia em casos de violência doméstica, como o que vimos essa semana e que acontecem aos montes todos os dias, que beiram a tentativa de homicídio e o juiz, respaldado pela lei, coloca esse agressor, que comete um ato 'animal' desses em liberdade, sem que ele passe pelo sistema prisional e sinta ao menos um pouco da dor que causou a essa mulher", declarou.
Segundo ela, não importa a classe social, nem quanto a pessoa ganha e quem for a pessoa, a violência doméstica vai continuar acontecendo enquanto as leis não forem mais rigorosas com os agressores. "Todas nós estamos sujeitas a isso", pontuou.
A agressão
Camila Tagliari foi espancada pelo marido na garagem do edifício onde moravam, no Bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, e depois no próprio apartamento, na madrugada de domingo. Depois da agressão, ela pediu socorro a uma amiga, que mora no mesmo prédio, que a ajudou e chamou a Polícia Militar.
Com lesões no rosto e no braço direito, a vítima foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento do Bairro Morada do Ouro, na capital, e, após receber atendimento, ela e o marido foram levados até a Central de Flagrantes para registrar o boletim de ocorrência. O advogado da médica, Dauto Passare, informou que ela teve uma fratura no nariz e o tímpano perfurado
O empresário foi detido em flagrante e liberado logo depois de participar da audiência de custódia. Por não possuir antecedentes criminais, foi permitida a conversão da prisão por medidas cautelares. Então, foi posto em liberdade com medidas restritivas, que impedem, por exemplo, que mantenha contato com a vítima.
O advogado do empresário, Rodrigo Leite, informou que o cliente está usando tornozeleira eletrônica.