Mais um assalto foi registrado na manhã desta terça-feira (19) em Alta Floresta. Fato registrado no setor H, onde dois jovens em uma motocicleta, Segundo relatou Juni Vidal, a “Tia” como é conhecida, ela retornava do Clube da Viola por volta das 08h30m da manhã, depois de uma noite de trabalho, no momento em chegou no portão, os dois rapazes em uma motocicleta encostaram, um deles rendeu os seguranças que estavam de moto, e o outro se aproximou da porta do motorista e com a arma apontando para a motorista, pedia pelo dinheiro.
Juni passou momentos que descreveu como de impotência, e falou ao Nativa News, sobre a ação dos assaltantes, que a todo tempo ameaçava atirar em sua filha. “O segurança parou a moto, eles estavam junto, já maquinando eles, um ficou rendendo eles aqui e o outro veio com a arma pro lado da minha filha, na porta do motorista bateu no vidro e disse que é um assalto, não reage”, relatou Juni.
Na mira da arma de fogo, a filha da empresária saiu do carro para abrir o porta malas, onde estava o movimento da festa da noite anterior. “Ela foi muito forte, ela abriu o carro, ele bateu com uma chaira, e quebrou o vidro, fez um barulho parecendo um estampido, um tiro, eu fiquei em choque, não conseguia levantar, porque eu achei que ele tinha atirado na minha filha”, contou emocionada a empresária, que ao sair do veículo encontrou a filha entregando o dinheiro para o assaltante, R$ 21.700,00.
A empresária contou que o jovem não se preocupou, em momento nenhum da ação, em esconder o rosto, estava sem capacete. “Eu vou falar pra você, é muito difícil, porque todo mundo sabe o quanto eu trabalho, se acontecesse só comigo, talvez eu não estivesse com a sensação que estou agora, você ver uma filha na mira de uma arma de bandido que não tem nada a perder, uma jovem tão linda, que estava no lugar errado e na hora errada, que podia ter pagado com a vida se a gente não tivesse tido qualquer reação ou se não tivesse o dinheiro, o desfecho poderia ser outro, e você impotente, não pode fazer nada”.
A fragilidade da justiça é questionada pela empresária que teme pela segurança. “Infelizmente o nosso país vem vivendo estas situações, eu não sou a primeira e nem vou ser a última. O trabalhador hoje é o verdadeiro preso, porque ele tem que ter casa como a minha, com cerca elétrica e mesmo assim ele é humilhado. O suor de uma noite inteira de trabalho vai assim, em segundos. A polícia faz o trabalho dela, bem feito por sinal, prende hoje, aí o juiz, ou a juíza, solta dali um dia, dois dias, e eles continuam fazendo todo tipo de terror e levando o suor de muita gente. Eu falo pra você sem medo de errar, que se um juiz, juíza, ou Ministério Público, tivesse um filho na mira de um bandido, talvez eles mudassem o conceito deles. Porque só quem sente na pela sabe o quanto é difícil você lutar para tentar manter a s suas conta em dia, honrar seus compromissos e o bandido que só vive na sombra e água fresca, tem tempo para arquitetar os planos de assalto, leva e vai disfrutar do seu suor que era para honrar os seus compromisso, então eu falo pra você, eu estou triste não é pelo dinheiro, é pela situação, o nosso país está virando um caos, e a culpa não é da polícia, a culpa é de quem solta”, pontuou Juni Vidal.