
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu a possibilidade de apoiar rebeldes venezuelanos para depor o presidente do país sul-americano, Nicolás Maduro. A informação foi publicada neste sábado (8) pelo jornal New York Times , que citou como fontes militares dos EUA e um ex-comandante venezuelano.
De acordo com a publicação, Donald Trump enviou emissários para reuniões secretas realizadas ao longo do último ano com representantes de três diferentes grupos militares da Venezuela que fazem oposição ao governo chavista de Maduro. O local desses encontros não foi revelado, mas as fontes ouvidas pelo jornal disseram que os rebeldes pediram que o governo americano os ajudasse com rádios de comunicação que não pudessem ser rastreados pelo governo Maduro.
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Segundo o ex-militar venezuelano ouvido pelo jornal, uma declaração feita pelo presidente dos EUA em agosto do ano passado indicando que os Estados Unidos têm uma "opção militar" para a Venezuela encorajou os rebeldes a manterem conversas com Washington. Esse ex-militar, contraditoriamente, é alvo de sanções por parte do próprio governo americano, que o colocou em uma lista de corruptos no país sul-americano.
Apesar das reuniões, os militares americanos disseram que optaram por não ajudar os rebeldes e muitos deles acabaram presos. As razões para que o plano de apoiar os rebeldes fosse engavetado não foram informadas.
Ao New York Times , a Casa Branca encaminhou nota alegando ser importante manter "diálogos com todos os venezuelanos que demonstram desejo pela democracia", com o intuito de "levar mudanças positivas a um país que sofreu tanto sob o regime Maduro".
O presidente venezuelano acusou os Estados Unidos de terem participado do suposto ataque com drones ocorrido no início do mês passado, em Caracas. Na ocasião, a Casa Branca e o próprio presidente Donald Trump rechaçaram a acusação.