Não é de hoje que se discute a qualidade do Ensino Médio e, sua função social, frente a uma juventude que vem se transformando, desde a última década.
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No recente governo Temer houve a reforma desse nível de ensino, a qual tentou dar novos rumos tentando assim diminuir a evasão de adolescentes, jovens e adultos. Mas o pior estava ainda por vir, pois em 2020 e o acometimento da pandemia de Sars-Covid 19, escolas fecharam e o ensino “on-line” não se mostrou satisfatório, tanto para professores, como para alunos. Estava feita a receita do caos: alunos desmotivados, sem muitas perspectivas e, agora, sem aulas.
Logo nos dados preliminares, o ENEM já se mostrou com abstenção recorde, acima dos 50%; ou seja, para cada 1 aluno que decidiu fazer a prova, tivemos um outro que desistiu. Para se ter uma ideia, o quantitativo absoluto de participação equivale ao ano de 2009 - voltamos 11 anos no passado.
Antes mesmo dos resultados saírem, as escolas Públicas, de Ensino Médio, já se mostram, quase que todas elas, com baixa no número de alunos e com diversas turmas sendo fechadas, o que é mais um reflexo, da desmotivação geral que assolou o adolescente/jovem brasileiro.
Educadores já discutem o abismo que está sendo gerado com esse afastamento dos estudantes, nos anos finais da educação básica. Os próximos setores a serem atingidos serão, possivelmente, instituições de nível superior e, em um médio prazo, empresas que dependem de colaboradores com formação específica e técnica.
Fato é que se ações não forem feitas, no sentido de conter esse fluxo de ausência, corremos o grande risco de termos um hiato educacional, nas próximas gerações.