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Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo. — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, opera em queda nesta sexta-feira (16), após ter batido um novo recorde no dia anterior, ultrapassando os 139 mil pontos.
O recuo do Ibovespa é puxado principalmente pelas ações do Banco do Brasil, que despencam mais de 12%, depois que a companhia divulgou um lucro líquido abaixo das expectativas no primeiro trimestre deste ano.
"O Banco do Brasil teve um trimestre desafiador, com deterioração na qualidade da carteira de crédito, especialmente no agro. A inadimplência rural segue em alta e pressiona os resultados, exigindo maior cautela por parte da gestão", comenta Evandro Medeiros, analista CNPI da Suno Research.
Em dia de agenda mais vazia, o dólar inverteu o sinal no início da tarde e passou a operar em baixa. Por volta das 13h20, era negociado a R$ 5,67.
Além dos resultados das empresas no 1º trimestre, investidores avaliam a divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos e seguem atentos às questões fiscais no Brasil, após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. (saiba mais abaixo)
Por fim, os mercados também acompanham os desdobramentos sobre os acordos comerciais que o governo Trump tem feito com os principais parceiros dos EUA.
Nesta sexta-feira, o republicano afirmou que os EUA enviarão cartas aos países, descrevendo o que eles precisarão "pagar para poder negociar" com os norte-americanos. No início desta semana, o país também anunciou uma trégua tarifária com a China, que foi bem-recebida pelos mercados.
Veja abaixo o resumo dos mercados.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
????Dólar
Às 13h18, o dólar operava em baixa de 0,09%, cotado a R$ 5,6741. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda americana fechou em alta de 0,83%, cotado a R$ 5,6792.
Com o resultado, acumulou:
- alta de 0,83% na semana;
- ganho de 0,04% no mês; e
- perda de 8,10% no ano.
????Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,78%, aos 138.244 pontos.
Na véspera, o índice fechou em alta de 0,66%, aos 139.334 pontos, e bateu um novo recorde histórico.
Com o resultado, o índice acumulou:
- alta de 2,08% na semana;
- avanço de 3,17% no mês; e
- ganho de 15,85% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
Nesta quinta-feira, o Banco do Brasil divulgou seus resultados do primeiro trimestre, em que o lucro líquido ajustado foi de R$ 7,37 bilhões, queda de 20,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O banco também suspendeu uma série de previsões sobre seu desempenho para 2025.
Estimativas de analistas compiladas pela Reuters apontavam lucro de R$ 9,23 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, o lucro caiu 23%.
O BB também divulgou em fato relevante que decidiu pela suspensão das projeções corporativas para as linhas de custo do crédito, margem financeira bruta e lucro líquido ajustado para o exercício de 2025.
Além disso, os investidores reagiram ontem às declarações de Haddad sobre o controle das contas públicas. Ele admitiu que a equipe econômica está avaliando novas medidas para cumprir a meta deste ano e também o arcabouço fiscal — conjunto de regras aprovado em 2023.
O ministro, no entanto, rechaçou, durante entrevista a jornalistas, a ideia de que o governo esteja preparando um novo "pacote fiscal".
"As únicas medidas que estão sendo preparadas, para levar ao conhecimento do presidente – [na reunião] que seria hoje, mas em função do falecimento do Pepe Mujica [ex-presidente do Uruguai] passou para a semana que vem – são medidas pontuais para cumprimento da meta fiscal como fizemos no ano passado", disse Haddad.
"Neste ano, estamos identificando onde estão alguns gargalos e problemas, tanto do ponto de vista da receita como da despesa, e vamos apresentar pro presidente. Não dá nem para chamar de pacote, porque são medidas pontuais", completou o ministro.
Já nesta sexta, as atenções ficaram com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do primeiro trimestre do ano, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o levantamento, a taxa de desemprego subiu em 12 estados brasileiros no último trimestre e ficou estável nos demais, mostrando uma desaceleração do mercado de trabalho. Na comparação anual, porém, seis estados apresentaram queda e o restante, estabilidade.
Nos EUA, destaque para a confiança do consumidor, que registrou uma nova queda em maio, enquanto as expectativas de inflação para daqui um ano aumentaram, uma vez que as famílias continuaram preocupadas com o impacto econômico da política comercial do presidente norte-americano, Donald Trump.
Segundo a Universidade de Michigan, o Índice de Confiança do Consumidor caiu de 52,2 em abril para 50,8 neste mês. Economistas entrevistados pela Reuters previam uma alta do indicador, para 53,4.