Mato Grosso registrou em 2024 a quinta menor taxa de divórcios do Brasil, com apenas 1,3 divórcios por mil habitantes com 20 anos ou mais – bem abaixo da média nacional de 2,7%. Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil 2024, divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e revelam um cenário de estabilidade familiar em comparação com outras unidades da federação, mesmo em meio à queda de 42,8% no número total de divórcios no estado em relação a 2023, passando de 6.264 para 3.584 dissoluções conjugais.
Apesar do recuo nacional de 2,8% nos divórcios, o estado se destaca por uma transformação significativa no perfil da guarda dos filhos após a separação. Enquanto no Brasil a guarda compartilhada entre pai e mãe ultrapassou, pela primeira vez, a guarda exclusiva materna em 2024 (44,6% contra 42,6%), em Mato Grosso esse modelo é ainda mais predominante: 66,09% dos divórcios judiciais com filhos menores resultaram em guarda compartilhada.
No Brasil, foram registrados 428.301 divórcios entre pessoas de sexos diferentes, uma redução de 2,8% em relação a 2023. A maior queda ocorreu no Centro-Oeste (-11,8%), enquanto a Região Norte foi a única com aumento (+9,1%). A taxa nacional de divórcio ficou em 2,7 por mil habitantes com 20 anos ou mais, com Rondônia (4,9‰) e Distrito Federal (3,8‰) liderando os índices, e Roraima (0,2‰) registrando o menor.
O tempo médio de duração dos casamentos até o divórcio caiu de 16 anos em 2010 para 13,8 anos em 2024. Enquanto isso, a guarda compartilhada dos filhos menores avançou significativamente: passou de 7,5% em 2014 para 44,6% em 2024, superando pela primeira vez a guarda exclusiva à mãe (42,6%). O dado marca uma mudança no perfil da separação no país, impulsionada pela Lei nº 13.058/2014, que prioriza a convivência equilibrada entre pai e mãe.















