O ex-sogro da jovem de 21 anos flagrada com um padre em Nova Maringá (380 km de Cuiabá) está entre os alvos da Operação da Polícia Civil que apura o constrangimento ilegal à mulher. Além dele, estão na lista de investigados dois amigos do casal e a esposa de um deles. Os nomes dos alvos da Polícia Civil não foram divulgados. A jovem estava noiva quando foi pega dentro da casa paroquial da cidade, vestida com um baby doll e acompanhada do padre Luciano Braga Simplício.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações sobre o caso, Franklin Alves, titular da Delegacia de São José do Rio Claro, durante a operação deflagrada na quinta-feira (16), foram apreendidos celulares e outros elementos de prova que possam conduzir o inquérito sobre a exposição da jovem nas redes sociais.
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"O fim agora da investigação é individualizar as condutas das pessoas, para que só então a gente possa perquerir outros crimes que porventura têm acontecido, como a violação de domicílio qualificado e o constrangimento ilegal qualificado e agora, com esses celulares que foram apreendidos, vamos mandar para a Politec para então ser feito a perícia e a gente constatar, individualizar essas condutas", explicou.
SUBSTITUIÇÃO NA PARÓQUIA
Nesta sexta-feira (17), o padre Pedro Hagassis, de 76 anos, assumiu a Paróquia Nossa Senhora Aparecida no lugar do padre envolvido na polêmica, Luciano Braga Simplício.
Ele foi flagrado com a jovem de 21 anos de idade na segunda-feira (13) e o caso ganhou repercussão nacional já no dia seguinte.
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Em nota, a Diocese de Diamantino informou que abriu uma investigação sobre a conduta do padre. “Comunicamos que, tendo em vista o bem da Igreja e do povo de Deus, todas as medidas canônicas previstas já estão sendo devidamente tomadas. Pedimos a compreensão e a oração de todos”, diz trecho.
O QUE DIZ O PADRE
Em áudio divulgado na terça-feira, o padre Luciano Braga Simplício negou ter mantido qualquer relação com a mulher envolvida. Segundo ele, a situação teria sido um mal-entendido durante uma visita após uma confraternização.
De acordo com o padre, a mulher pediu para trocar de roupa em um quarto fora da casa e, depois, solicitou tomar banho, o que foi autorizado.
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Ele afirma que, enquanto estava em outro cômodo, ouviu gritos e acreditou que se tratava de um assalto. Ao sair, percebeu que a mulher já estava dentro da residência e pediu que ela fechasse a porta “para ninguém ver e não pensar nada”.
NOIVO SE ISENTOU
O advogado Márcio Goliczeski, representante do ex-noivo da jovem de 21 anos envolvida no escândalo com um padre em Nova Maringá, divulgou nota à imprensa alegando que seu cliente não estava na cidade no dia dos fatos.
Segundo a nota, os fatos tornados públicos tiveram origem em atitudes “profundamente reprováveis, marcadas pela quebra de confiança, desrespeito e ausência de qualquer senso de responsabilidade moral ou religiosa”.
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O documento ainda destaca que a conduta dos envolvidos “afrontou valores essenciais não apenas de um relacionamento, mas também de uma comunidade inteira, que se viu traída por quem deveria agir com retidão e exemplo”.
Com informações do Metrópoles