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Pela segunda vez uma equipe de atores e técnicos profissionais de Primavera do Leste participa da encenação que comove e revive um momento de salvação e amor ao próximo. Os ensaios acontecem nos últimos finais de semana, nos espaços culturais de Rondonópolis e se encerram com a apresentação hoje.
O ator Yuri Lima Cabral, que encenará Jesus Cristo, relatou que “encenar Jesus no espetáculo da Paixão de Cristo é um momento de reflexão e fé, principalmente do amor e respeito ao próximo. Hoje o ódio e o discurso de ódio incendeiam pessoas e faz relembrar momentos em que o próprio Jesus foi odiado por dizer coisas ligadas ao respeito e ao amor. E aí começamos a pensar como nós, enquanto cidadãos estamos agindo dentro de nossa sociedade com os outros. Cristo pregou o amor ao próximo acima de tudo e pediu para que nunca esquecemos de amar um ao outro, assim como ele nos amou incondicionalmente entregando sua vida para nossa salvação”, destacou.
Para o secretário de Cultura de Primavera do Leste Wanderson Lana, que divide a direção do espetáculo com Maurílio Fagundes de Rondonópolis e a coautoria do texto, trabalhar sobre a imagem do homem que mudou a história da humanidade e passou conceitos de gentileza, amor e paz é um desafio imenso. “Acredito que as palavras de amor estão sendo deixadas de lado. Voltaram-se os julgamentos, as condenações culturais, os apedrejamentos morais, a intolerância. E é importante relembrarmos os significados de ser cristão. Um bom exercício seria pensar como trataríamos uma pessoa humilde que nos chegasse dizendo ser o filho de Deus nos dias atuais. Precisamos de mais amor ao próximo e essa encenação nos lembra disso”, relatou Lana.
EM PRIMAVERA
Como é de tradição, o grupo da Jornada Jovem da Igreja Católica realiza anualmente a encenação que acontece no Ginásio de Esportes Pianão e movimenta grande parte da comunidade Cristã.
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Sol iluminando.
Montanhas que fazem sombra.
Uma sombra que não apaga
o canto de uma águia.
Vento soprando
sobre as copas das árvores.
Alguns galhos que balançam,
fazendo as folhas cair
sobre o chão marcado.
Chão este que carrega,
a delicadeza da vida.
Murilo Conti Vieira
22/03/2016