26 de Abril de2024


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Saúde Terça-feira, 10 de Maio de 2016, 12:41 - A | A

Terça-feira, 10 de Maio de 2016, 12h:41 - A | A

BLOG DA ELAINE

Obesidade infantil hoje, doença amanhã

Desde o nascimento é preciso estimular a criança a se movimentar

Elaine Sampaio

A genética, a má alimentação, o sedentarismo e outros fatores, podem causar a obesidade infantil. A obesidade em crianças também pode ser decorrente de doenças hormonais ou uso de medicamento à base de corticoides. Além disso, tem ligação com os hábitos alimentares da criança e da família, como a falta de atividades físicas.

 

Segundo informações da pediatra Amanda Nagamati, a obesidade infantil hoje em Primavera do Leste para cada 100 crianças na faixa etária de 06 a 09 anos, atendida em seu consultório, cerca de 10% estão obesas. “De 10 a 15% estão com sobrepeso que futuramente vão se tornar obesos se não cuidar”, alerta. Ela explica que o aleitamento materno é um fator protetor da obesidade, assim como doenças crônicas, diabetes, hipertensão e outras.

 

“A mãe deve alimentar exclusivamente seu bebê até o sexto mês. Outro leite neste período pode causar, além de outras doenças, a obesidade”, explica. À partir do sexto mês a mãe deve acrescentar na alimentação da criança uma comida saudável, diminuir a adição do sal, evitar o açúcar e refrigerantes. O açúcar deve ser apresentado à criança somente após um ano de vida. 

 

Para a nutricionista de Primavera do Leste, Jakeliny Kriki, apesar de ser uma doença com influência genética, nem todos os pais e mães com obesidade também terão filhos com o problema, assim como pais e mães dentro do peso podem gerar filhos com obesidade. Isso porque a obesidade infantil também tem ligação com os hábitos alimentares e a pratica de atividade física da criança e da família. “A má alimentação é caracterizada por dietas ricas em fast food, alimentos de alto valor calórico, industrializados e congelados, doces, frituras e refrigerantes. Deve-se sempre oferecer para as crianças frutas e verduras variadas e em apresentação diferentes e coloridas para estimular o hábito saudável e a procura por esses alimentos, evitar o consumo de biscoitos, bolachas, refeições prontas, os pais devem ser firmes e expor a elas o motivo da necessidade de uma alimentação saudável quando a criança se recusar a comer”, orienta ela.

QUANDO OCORRE A OBESIDADE

 

A obesidade infantil ocorre quando uma criança está acima do peso normal para sua idade e altura. De acordo com o IBGE, atualmente uma em cada três crianças no Brasil está pesando mais do que deveria. Os quilos extras podem causar complicações para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse tempo. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto e depressão são algumas consequências da obesidade infantil não tratada. 

De acordo com a nutricionista Jakeliny Kriki, os problemas de saúde relacionados a essa doença são inúmeros e podem trazer prejuízos para uma vida toda e não somente na infância, dentre eles os mais recorrentes são diabetes, hipertensão, colesterol, problemas cardíacos, síndrome metabólica, distúrbios do sono, esteatose hepática, puberdade precoce, problemas de comportamento e depressão.

Os pais desempenham um papel crucial para ajudar as crianças com obesidade a controlar o peso. Aproveite todas as oportunidades para construir a autoestima da criança. Não tenha medo de trazer à tona o tema da saúde e fitness, mas ser sensível que uma criança pode ver a sua preocupação como um insulto. Converse com seus filhos diretamente, abertamente e sem crítica ou julgamento. Procure sempre ajuda profissional qualificado, busque orientações e mudanças e cuide do seu filho.

 

A orientação que Kriki  passa aos pais é que, “as crianças precisam provar várias vezes um alimento antes de dizer que não gostam dele. O ideal é fazer isso desde cedo, evitando comidas e bebidas mais palatáveis, como itens refinados ou açucarados artificialmente. Isso não chega a prejudicar o paladar, mas se os pais só comem e só oferecem para os filhos os sabores salgado e doce, o azedo e o amargo ficam discriminados e a criança se condiciona a não gostar deles. Por isso, é saudável oferecer itens como chocolate amargo, limonada não adoçada, entre outros. Como a criança não vai querer fazer isso de livre e espontânea vontade, é preciso que os pais sejam criativos e mudem as formas de preparação e apresentação do alimento. Colocar um legume picado com o macarrão ou arroz, por exemplo, é uma ótima pedida. Se a criança não foi acostumada desde cedo, é preciso ter paciência, pois ela realmente demorará um tempo para se adaptar aos outros sabores”, recomenda a nutricionista.

 

 

 

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