05 de Maio de2024


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Geral Terça-feira, 24 de Novembro de 2015, 08:19 - A | A

Terça-feira, 24 de Novembro de 2015, 08h:19 - A | A

Moro manda prender Bumlai, amigo do ex-presidente Lula

O empresário agiria como intermediário entre lobista e o amigo ex-presidente

Por determinação do juiz Sergio Moro, titular da Vara Federal Criminal de Curitiba, a Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (24) o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo muito próximo do ex-presidente Lula, no curso da 21ª fase da Lava Jato, batizada de Operação 'Passe Livre'. Bumlai iria depor hoje na CPI do BNDES sobre os generosos financiamentos que recebeu, durante o governo do amigo, além de suas supostas atividades como "operador" que atuava junto ao principal líder do PT.

 

A denominação da operação, 'Passe Livre', tem a ver com o amplo acesso de Bumlai ao governo do amigo Lula, especialmente ao Palácio do Planalto. Certa vez, o então presidente mandou afixar na portaria do Planalto um cartaz avisando que Bumlai tinha "passe livre" na sede do governo, prerrogativa que Lula não concedeu nem mesmo aos familiares. 

 

A prisão - preventiva - de Bumlai mostra que o avanço nas investigações da Lava Jato colocou a Polícia Federal na ante-sala do ex-presidente Lula. Ele foi preso no apartamento que mantém no Golden Tulip, antigo Blue Tree, o flat mais próximo do Palácio Alvorada, residência oficial da Presidência da República.

 

O lobista Fernando Soares, o "Fernando Baiano", que fez acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato, revelou haver pago R$ 3 milhões a Bumlai para conseguir uma reunião de Lula, então presidente, com José Carlos Ferraz, que presidia a empresa Sete Brasil, fornecedora da Petrobras acusada de pagar propina a políticos e funcionários da estatal.

 

Na ocasião, quando cobrou essa quantia a título de "comissão", Bumlai explicou a Fernando Baiano que dois terços daquele valor, ou sejam, R$ 2 milhões, seriam destinados a uma nora do ex-presidente Lula. A denominação de 'Passe Livre' para a 21ª fase da Lava Jato é uma referência ao livre acesso de Bumlai a Lula. 

 

Bumlai também foi amplamente beneficiado por negócios e financiamentos do governo, como o financiamento do BNDES para uma usina, no Mato Grosso, no Valor de R$ 1,3 bilhão. Ele também é personagem de outra invetigação importante, a Operação Zelotes, sobre um esquema de corrupção que objetivava sonegar impostos.

 

A PF cumpre 25 mandados judiciais, sendo um de prisão preventiva, além de 25 mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. A ação é realizada em São Paulo, Rio de Janeiro,  Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal (Diário do Poder).

 

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