O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu, nesta quarta-feira, com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em Niágara, no Canadá, em meio à reunião do G7. No encontro que durou 5 minutos, o chanceler brasileiro reiterou a Rubio os esforços do Brasil, junto aos técnicos americanos, para revogar o tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. O Brasil chegou a enviar aos Estados Unidos, na terça-feira da semana passada, uma proposta de negociação, depois de uma reunião virtual com a equipe técnica. Na reunião desta quarta, Mauro Vieira reforçou a Marco Rubio a importância de avançar na negociação, como tem sido sinalizado pelos presidentes Lula e Trump, principalmente depois do encontro entre os dois na Malásia, no dia 26 de outubro. Mauro Vieira e Rubio ficaram de agendar uma nova reunião presencial entre os dois para discutir o avanço das negociações, mas ainda não há data para o próximo encontro: o que pode ocorrer, no máximo, em 15 duas.
Embaixadores à par das discussões disseram à CBN que, apesar da conversa ter sido breve, o contato entre os dois é "sempre muito bom, cordial e de confiança" e que, apesar dos conflitos entre Lula e Trump, o chanceler e Marco Rubio possuem um contato há mais de 10 anos, se respeitam e se gostam. Na conversa, Rubio deu uma boa sinalização, mas ficou de voltar aos Estados Unidos e avaliar a proposta brasileira com os técnicos norte-americanos. Por isso, apesar do Itamaraty ter saído "satisfeito" com o novo contato, ainda aguarda uma posição mais incisiva do governo americano.
Em meio a indefinição, o presidente Lula afirmou, na semana passada, que se as negociações com os Estados Unidos não avançarem até o final da COP30, vai ligar novamente para o presidente americano, Donald Trump. O evento climático acaba oficialmente dia 24 de novembro e, até lá, o governo brasileiro espera ter uma sinalização dos negociadores. Lula disse que o interesse em negociar é dele e que, se for preciso, vai até os Estados Unidos ou pode convidar Trump para vir ao Brasil.

















