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ATUAÇÃO NACIONAL

Polícia Civil de MT desarticula quadrilha do “golpe do falso médico” com 9 prisões

Esquema usava dados de pacientes internados para extorquir famílias; líder atuava de dentro da cadeia em Rondonópolis

Conteúdo Hipernotícias

A Polícia Civil de Mato Grosso cumpriu, nesta terça-feira (2), nove mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão contra um grupo especializado no golpe do “falso médico”. A ação faz parte da Operação Cura Ficta, deflagrada em apoio à Polícia Civil do Rio Grande do Sul, após vítimas registrarem prejuízos que somam dezenas de milhares de reais.

As investigações conduzidas pela Delegacia de Crimes Patrimoniais Eletrônicos do RS identificaram integrantes do esquema em Mato Grosso, Goiás e Rio de Janeiro. O grupo explorava a vulnerabilidade de familiares de pacientes internados em UTIs, especialmente em hospitais de Porto Alegre e Canoas.

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Como funcionava o golpe

Os criminosos ligavam para parentes das vítimas se passando por médicos ou diretores clínicos. Com acesso a dados privilegiados, informavam um falso agravamento no quadro de saúde do paciente,  alegando leucemia, infecções graves ou complicações súbitas, e exigiam pagamentos urgentes via Pix para exames ou medicamentos que não seriam cobertos pelo plano de saúde.
As chamadas eram feitas com nomes fictícios e fotos de profissionais reais retiradas da internet.

O líder do esquema é um detento de 35 anos, preso na Penitenciária Major PM Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis. Mesmo encarcerado, ele coordenava ligações, repassava ordens e administrava parte da estrutura criminosa. Em ações anteriores, a polícia encontrou na cela cadernos com “scripts” do golpe, dados bancários e números usados nas extorsões.

Uma mulher residente em Rondonópolis, companheira de um dos integrantes e monitorada por tornozeleira eletrônica, atuava como braço operacional: movimentava contas, gerenciava o dinheiro recebido e articulava parte das operações financeiras.

Rede financeira e tecnológica

As investigações revelaram o uso de 121 chaves Pix cadastradas no CPF de um dos investigados, demonstrando a dimensão da lavagem de dinheiro. Em Guaratiba (RJ), foram identificados dois operadores responsáveis por fornecer contas bancárias para receber os valores extorquidos.

O grupo também utilizava emuladores de Android em computadores, simulando múltiplos celulares para controlar várias contas de WhatsApp e apps bancários simultaneamente, dificultando o rastreamento.

Parte do dinheiro obtido com as extorsões era destinada ao financiamento de uma facção criminosa com atuação em Mato Grosso.

Objetivo da operação

A Cura Ficta, nome que faz referência à falsa cura prometida pelos golpistas, busca desmontar a estrutura financeira e operacional da quadrilha, além de coletar novos elementos de prova. A Polícia Civil afirma que o esquema, além do prejuízo patrimonial, causava profundo impacto psicológico às vítimas, que já estavam em momentos de extrema fragilidade emocional.

Veja vídeo: 

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