O Tribunal do Júri absolveu o empresário Orestes Bolsonaro, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, da acusação de tentativa de feminicídio, nesta terça-feira (11/11). No mesmo julgamento, ele foi condenado por lesão corporal, com pena de quatro meses em regime aberto, por ter agredido o atual namorado da ex-esposa. O réu também respondia por tentativa de homícidio.
O júri
A sessão começou por volta das 10h e a sentença foi comunicada pela juíza depois das 20h. As vítimas e as testemunhas foram ouvidas ao longo do dia. Com maioria de 4 votos a 3, os jurados acataram o pedido da defesa de Orestes.
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“O resultado significa justiça, porque desde início tanto Orestes quanto a defesa alegaram que foi uma lesão. Foi uma agressão, ele errou, mas nunca foi uma tentativa de homicídio, muito menos de feminicídio”, disse o advogado Sergei Cobra.
O episódio de violência ocorreu na Barra do Turvo, no interior do estado, em outubro de 2020. Após um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP), o processo passou a tramitar na 3ª Vara do Júri, na capital paulista.
A denúncia
- Orestes foi casado com a vítima por cerca de 17 anos. Apesar de estarem separados, segundo a denúncia, ele não aceitava que a mulher tivesse um novo relacionamento.
- “A violência doméstica e familiar foi marcada pela violência física e psicológica exercida pelo denunciado, que, durante o relacionamento, já vinha praticando constantes agressões físicas e verbais contra a ofendida, em razão de sua personalidade possessiva e violenta”, apontou o promotor.
- No dia das agressões, pela manhã, o réu teria entrado na casa da ex-companheira enquanto ela e o namorado dormiam.
- Conforme o MPSP, Orestes usou um pedaço de madeira para agredir a mulher e o namorado dela. O acusado também estava com uma arma.
- A mulher teria fugido com o filho no colo para pedir ajuda.
Histórico de Orestes Bolsonaro
Orestes Bolsonaro carrega um histórico de casos de violência contra mulheres. Ele já foi réu em dois processos penais por lesão corporal e tentativa de feminicídio.
Em um deles, Orestes foi condenado por agressão a uma ex-namorada, também em 2020. A Justiça o penalizou em 4 meses de prisão, em regime aberto, e estabeleceu pagamento de indenização por danos morais.

















