Segundo análise divulgada pelo especialista da Grão Direto nesta segunda-feira (1º), a perspectiva para o mercado de milho segue influenciada pelo avanço do plantio na Argentina. O relatório aponta que o fenômeno “La Niña” impõe riscos relevantes. A projeção de 52 milhões de toneladas para 2025/26 está sob ameaça, já que o avanço da semeadura permanece lento devido ao excesso de umidade em algumas áreas. O texto destaca que o milho precoce, semeado entre setembro e outubro, entrará em fase crítica entre dezembro e janeiro, período em que deve ocorrer “forte restrição hídrica e temperaturas que podem ultrapassar 40°C”, o que eleva o risco de perdas por abortamento de espigas e redução de produtividade.
A análise também informa que as exportações brasileiras de milho seguem próximas da média. A Anec revisou para baixo a projeção de novembro, estimando 6,11 milhões de toneladas, queda de 3,9% em relação à semana anterior. Mesmo assim, o volume permanece 24,2% acima das 4,92 milhões de toneladas embarcadas no mesmo mês de 2024. Dados da Secex mostram que, até outubro, os envios somam pouco menos de 30 milhões de toneladas. Para o período de 23 a 29 de novembro, o line-up dos portos indica programação de 1,67 milhão de toneladas, aumento de 10,1% em comparação com a semana anterior.
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O especialista observa ainda que a safrinha de 2026 já desperta preocupação. O atraso no plantio da soja no Cerrado e no Matopiba deve empurrar a semeadura do milho para fora da janela ideal, já que a colheita da oleaginosa também será postergada. Parte das lavouras será implantada quando as chuvas começam a perder intensidade, o que aumenta o risco climático da próxima temporada. O relatório destaca que “o mercado futuro já antecipa esse cenário e incorpora prêmios de risco” na curva do milho para o segundo semestre de 2026. Como a safrinha responde por cerca de 75% da produção nacional, qualquer impacto relevante tende a pressionar a oferta.
Diante desse contexto, o especialista avalia que o milho deve manter tendência de valorização no mercado interno. A preocupação crescente com o clima para a próxima safrinha, aliada à demanda doméstica firme, sustenta os preços, mesmo diante de um ambiente internacional de pressão baixista.
















