Uma operação do Juizado Especial Volante Ambiental (Juvam) de Cuiabá, sob a titularidade do juiz Emerson Luis Pereira Cajango, flagrou na segunda-feira (10) uma rinha de galos em atividade no bairro Altos da Serra. A ação foi desencadeada após uma denúncia anônima que alertava sobre a criação irregular de aves domésticas em área urbana.
Ao chegar ao endereço indicado, a equipe encontrou uma estrutura montada especificamente para o confronto entre os animais. No local, havia baias separadas, galos com as esporas naturais removidas, prática comum nesse tipo de crime para a colocação de lâminas artificiais, além de anabolizantes e outros sinais de maus-tratos.
“Encontramos 24 galos presos, muitos com sinais de ferimentos e mutilações. A cena confirmava a existência da rinha e as condições de sofrimento impostas aos animais”, relatou o 1º Sargento PM Marcello Amui, que participou da ação.
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi acionada e confirmou a ocorrência de maus-tratos. Um homem foi conduzido à Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) para prestar esclarecimentos. Os galos permaneceram sob a guarda do próprio dono, na condição de fiel depositário, até que a Justiça defina o destino dos animais.
Conforme o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), submeter animais a maus-tratos é crime, com pena de até cinco anos de reclusão e multa. A prática de rinha de galos também é considerada crime de crueldade, sujeita a sanções penais e administrativas.
O Juvam reforça que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 3648-6880.

















