A votação secreta sobre o veto do governo ao projeto que revoga o desconto previdenciário de 11% para 14% para servidores aposentados e pensionistas que recebem até o teto do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), de R$ 6,1 mil, gerou polêmica na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta terça-feira (16).
O deputado Lúdio Cabral (PT), que foi o autor do projeto, estava contando com a derrubada do veto, pois, segundo ele, 17 deputados demonstraram apoio à derrubada do veto.
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No entanto, na votação desta terça-feira, o painel apontou que apenas 11 deputados foram a favor da derrubada.
Após o resultado, Lúdio afirmou que havia algo errado com a contagem no painel ou com alguns deputados que teriam declarado voto para ele pessoalmente, mas, na hora de votar, votaram a favor da manutenção do veto. Com isso, ele pediu que os deputados se manifestassem na tribuna.
Doze deputados subiram no palanque e declararam voto para a derrubada do veto. Segundo Lúdio, outros dois deputados ausentes já haviam declarado voto para derrubada. Com isso, pelo menos 14 parlamentares teriam votado para que os aposentados não pagassem a aliquota de 14%.
Diante disso, o deputado protocolou um pedido de auditoria na votação do painel na ALMT para esclarecer a votação. Ainda durante a sessão, o deputado Wilson Santos também protocolou a entrada de um projeto de emenda à Constituição do Estado para que as votações deixem de ser secretas.
“Vamos apresentar hoje (16) o projeto para colocar um ponto final. Chega de votação secreta. É dificil, mas não é impossível”, disse.
Já o presidente da ALMT, Eduardo Botelho (DEM), se posicionou contrário sobre a proposta de votação aberta, pois, segundo ele, deixaria os deputados receosos de votar abertamente contra o governo.