25 de Abril de2024


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DESTAQUES Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2020, 14:39 - A | A

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SAÚDE

Criança com suspeita de dengue grave apresenta melhoras

Paciente tem sete anos e é moradora do bairro Poncho Verde. Ela deu entrada no pronto-socorro no dia 10 e foi transferida à UTI de Rondonópolis

Pérsio Souza

 

Uma criança de sete anos, moradora do bairro Poncho Verde, em Primavera do Leste, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na Santa Casa de Rondonópolis, por suspeita de dengue grave. A paciente deu entrada na UPA no dia 10, com alterações neurológicas e no mesmo dia foi transferida ao município vizinho. A informação foi confirmada pela Vigilância Epidemiológica como “um caso de dengue com sinais de alarme”.

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Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, através de nota encaminhada pela Assessoria de Imprensa, o caso foi repassado à Vigilância Ambiental, que realizou investigação e eliminou focos nas proximidades da residência da criança.

De acordo com a família da criança, antes de dar entrada no pronto-socorro, ela apresentou febre durante a semana e irritação na garganta, o que levou a crer ser apenas um resfriado e foi confirmado em consulta ao médico.

Já na última sexta-feira (10), quando a paciente deu entrada na UPA, ela já passou a apresentar as convulsões a cada dez minutos, paralisia e incapacidade de fala.

Nesta semana, a criança voltou a conversar e se alimentar, mas terá que ser mantida na UTI para observação e posteriormente, conforme o resultado dos exames, poderá ir para o quarto.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que mesmo antes do caso, as equipes que compõem a rede de atenção à saúde do município intensificaram as ações, até mesmo devido ao período chuvoso.

Os Agentes de Combate a Endemias (ACE) pedem o auxílio da população de Primavera do Leste para que permitam a entrada dos mesmos nos quintais das residências para averiguação de focos do Aedes Aegypti, assim podem eliminar qualquer criadouro.

 

ESTATÍSTICAS

Em Primaverado Leste, nestas duas primeiras semanas do ano, foram emitidas 36 notificações/investigações de dengue. No mesmo período de 2019 foram apenas 4 e em 2018 foi uma.

Somente em 2019, conforme Informe Epidemiológico, foram confirmados 598 casos de dengue no município e um óbito, no qual a vítima foi uma criança de 10 anos.

OVOS FICAM ATÉ 450 DIAS aguardando ÁGUA para se desenvolverem

Para eliminar de vez os possíveis criadouros do mosquito da dengue, precisa muito mais que despejar a água parada ou dissipar a água empossada, é necessário eliminar de vez o criadouro, já que um ovo, antes de eclodir, pode ficar até 450 dias aguardando água novamente. “Os ovos são botados na parede dos criadouros e não na água, sendo assim o simples fato de despejar a água não elimina os ovos onde estão os mosquitos. Esses ovos conseguem permanecer na parede por até 450 dias, então se esse criadouro receber água novamente, eles continuam a se desenvolver e esse mosquito vai nascer”, explicou a bióloga que compõe a Secretaria de Saúde Estadual – escritório regional Rondonópolis, Márcia Veloso, que ainda destacou que o controle da doença se torna difícil, pois uma única fêmea do mosquito pode, durante trinta dias, botar até 1.500 ovos.

Diante de tantos ovos e inúmeras possibilidades de se contrair as doenças propagadas pelo vetor, a única saída é promover a limpeza e vigilância constante dos quintais.

MAIOR FOCO DA DENGUE ESTÁ NO LIXO DOMÉSTICO

De acordo com um levantamento feito pela Vigilância Ambiental, em 2019, 63% dos focos do mosquito estão alojados em lixo doméstico, ou seja, em material que pode armazenar água e que não tiveram a destinação correta. Basta andar pelas ruas do município, para encontrar lixo depositados em locais irregulares. Em alguns locais é possível encontrar colchões, sofás, vaso sanitário, podas de árvores além de resto de materiais para construção. Além de impedir o trânsito da calçada, o lixo coloca em risco não só os moradores da rua, mas também da região, já que há estudos que apontam que o Aedes Aegypti pode alcançar até um quilômetro.

A Lei Nº 1.535, no artigo 6º define que depositarem lixos em locais públicos e inapropriados, serão penalizados com multa no valor de R$ 100 por cada infração cometida, sendo dobrado o valor nos casos de reincidência. A fiscalização para cumprimento da Lei fica a cargo do departamento de Fiscalização Municipal.

RECOMENDAÇÕES

Para reduzir a proliferação do mosquito vetor das doenças, o Ministério da Saúde aconselha a população a manter ações de prevenção, como verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa.

Outra recomendação é lavar semanalmente, com água e sabão, recipientes como vasilhas de água do animal de estimação e vasos de plantas.

Não deixar que se formem pilhas de lixo ou entulho em locais abertos, como quintais, praças e terrenos baldios é outro ponto importante. Outro hábito que pode fazer diferença na prevenção da dengue é a limpeza regular das calhas, com a devida remoção de folhas que podem se acumular durante o inverno.

Os maiores casos e epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ocorrem no período das chuvas, de outubro a março, em razão das condições ambientais estarem mais propícias ao desenvolvimento dos ovos.

 

VÍDEO

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