Em sessão semipresencial nesta quarta-feira (16), o Plenário do Senado aprovou, por 38 votos favoráveis e dois contrários, a indicação do diplomata Ênio Cordeiro para exercer o cargo de embaixador do Brasil na Noruega e, cumulativamente, na Islândia. A aprovação será comunicada à Presidência da República. O relator dessa indicação foi o senador Carlos Fávaro (PSD-MT).
Cônsul-geral em Nova York desde 2018, Ênio Cordeiro é formado em direito e ingressou na carreira diplomática em 1976. É pós-graduado no Curso de Altos Estudos do Instituto do Rio Branco. Foi embaixador na Argentina e no México. Além disso, foi presidente da Comissão de Ética do Ministério de Relações Exteriores.
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Também ocupou, entre outros postos, o de conselheiro na Embaixada em Washington; o de cônsul em Houston (também nos Estados Unidos); o de chefe da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty; o de ministro-conselheiro na missão junto à ONU, em Nova York; e o de ministro-conselheiro na embaixada na Áustria.
Antes de ir a votação no Plenário, a indicação de Ênio Cordeiro havia sido aprovada na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE) na terça-feira (15).
Em seu relatório, Carlos Fávaro lembra que o governo da Noruega lançou em 2011 a "Estratégia Brasil", com diretrizes para o relacionamento bilateral em quatro áreas prioritárias: comércio e investimentos; clima, meio ambiente e desenvolvimento sustentável; desafios globais; conhecimento e desenvolvimento social.
O senador ressalta ainda que Brasil e Noruega mantêm mecanismo de consultas políticas, com reuniões nos dois países. O senador observa que a Noruega aparece como parceira preferencial do Brasil no esforço de desenvolvimento de facilidades de exploração do pré-sal. Também destaca que, atualmente, cerca de 120 empresas norueguesas estão presentes no Brasil.
Carlos Fávaro salienta que os temas relacionados ao meio ambiente ocupam espaço central na política e na sociedade norueguesas e são objeto de constante diálogo da embaixada do Brasil em Oslo com as autoridades locais. "A Noruega vinha sendo o principal contribuinte do Fundo Amazônia e tem mantido contato com autoridades brasileiras sobre sua reativação", frisou o senador.
Sobre a Islândia, Carlos Fávaro registrou que o Brasil mantém relações cordiais com aquele país, com potencial de aprofundamento e expansão. Em seu relatório, ele destacou o Memorando de Entendimento entre o Ministério de Pesca e Aquicultura brasileiro e o Ministério de Pesca e Agricultura da Islândia, assinado em 2011.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)