Clique aqui e baixe o release completo em word.
Cepea, 14/06/2021 – A alta nos custos de produção na agropecuária nacional foi expressiva em 2021, impulsionada especialmente pelo câmbio e pela maior demanda por insumos. E, no Especial Hortaliças 2021, da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, fica evidente que produtores de tomate e de cebola também enfrentam essa intensa inflação dos custos.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
No geral, dentre os insumos utilizados nas culturas de tomate e de cebola, a valorização dos fertilizantes se destaca. A alta no preço desse produto, por sua vez, esteve atrelada, especialmente, aos elevados patamares do dólar e do petróleo e às demandas nacional e internacional bastante aquecidas, sobretudo por fosfatados.
Segundo levantamento da equipe do Cepea, a propriedade típica de tomate de pequena escala de produção de Caçador (SC) registrou o maior aumento nos custos com fertilizantes em dois anos (de expressivos 62,5%), seguida pela da praça paulista de Mogi Guaçu (com aumento de 29,8%) e da catarinense de Lebon Régis (27,3%). Para os próximos meses, o recente enfraquecimento do dólar frente ao Real e a possível menor demanda por fertilizantes – já que boa parte das compras foi antecipada – podem impedir, ou ao menos frear, novos reajustes ainda em 2021.
A equipe ressalta que o dólar valorizado elevou o custo fixo das propriedades levantadas pelo Cepea, calculado nesta edição pelo indicador Carp (Custo Anual de Recuperação do Patrimônio). Isso porque, como boa parte das peças e/ou máquinas e implementos agrícolas é importada, a elevação nos preços desses itens tem sido bastante forte. Mesmo para os componentes nacionais, o aumento dos custos para a fabricação foi repassado ao produto final. Além disso, a maior demanda por máquinas e implementos agrícolas, especialmente por parte de produtores de grãos, reforçou o movimento de alta nos preços desses insumos.
Você também encontra nesta edição:
ALFACE – Com demanda enfraquecida e baixa liquidez, preço cai em maio
BANANA – Colheita da prata tem leve aumento em Delfinópolis no fim do mês
BATATA – Menor oferta eleva preço, apesar de demanda enfraquecida
CEBOLA – Oferta nacional aumenta em maio
CENOURA – Com oferta elevada, preços voltam a cair em maio
CITROS – Demanda enfraquecida pressiona cotações da laranja por mais um mês
MAÇÃ – Fim da colheita controla oferta; preços dão sinais de estabilidade
MAMÃO – Mesmo com pressão do mercado, cotação do havaí sobe
MANGA – Com forte queda, preço da palmer praticamente só cobre custos
MELANCIA – Preços caem, mas rentabilidade se mantém positiva em maio
MELÃO – Aumento da oferta no Vale (BA/PE) é menor que nas safras anteriores
TOMATE – Com frio, oferta é controlada, mas demanda fraca limita alta do preço
UVA – Preço recua no mercado interno; itália fecha abaixo dos custos
Clique aqui para acessar a revista completa!
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o mercado de hortifrúti aqui e por meio da Comunicação do Cepea, com a pesquisadora Margarete Boteon: [email protected].