"Com base nas estatísticas de terremotos que ocorreram em todo o mundo até o momento, existe a possibilidade de um terremoto de grande escala, com magnitude igual ou superior a 8, ocorrer ao longo da Fossa do Japão e da Fossa de Chishima, perto de Hokkaido, como consequência do terremoto da noite de segunda-feira", disse Morikubo Tsukasa, que é funcionário do gabinete da primeira-ministra para preparação para desastres, segundo a agência japonesa NHK.
"Não há certeza se um terremoto de grande escala realmente ocorrerá. No entanto, todos devem atender ao alerta e tomar precauções para proteger suas vidas."
A escala Richter, usada para classificar tremores, pode variar de 0 a 10, com possibilidade de valores maiores. O maior terremoto já registrado foi o de 1960 no Chile, com magnitude 9,5.
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A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi. — Foto: AFP via Getty Images
O alerta no Japão acontece depois que pelo menos 30 pessoas ficaram feridas em um terremoto de magnitude 7,5 que atingiu o nordeste do Japão na noite de segunda-feira (8/12), forçando milhares de pessoas a evacuarem suas casas.
O terremoto ocorreu às 23h15 (11h15 no horário de Brasília) a uma profundidade de 50 km e a cerca de 80 km da costa da região de Aomori, informou a Agência Meteorológica do Japão. O tremor gerou alertas de tsunami, que já foram cancelados, embora ondas de 70 cm tenham sido registradas.
Alguns serviços de trens foram suspensos e milhares de casas ficaram sem energia elétrica.
Em um pronunciamento aos afetados pelo terremoto, a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, disse: "Reforcem seus procedimentos diários de preparação para terremotos, como garantir que seus móveis estejam seguros, e preparem-se para evacuar imediatamente caso sintam tremores."
Ordens de evacuação foram emitidas para cerca de 90 mil moradores, segundo a agência de notícias Reuters.
O governo da província de Aomori informou que cerca de 2.700 residências ficaram sem energia elétrica. A companhia de trem East Japan Railway também suspendeu alguns serviços ao longo da costa nordeste.
O governo japonês criou um escritório de resposta dentro do centro de gerenciamento de crises da primeira-ministra e convocou uma equipe de emergência, afirmou o secretário-chefe do gabinete, Minoru Kihara.
"Estamos fazendo todos os esforços para avaliar os danos e implementar medidas de resposta a desastres, incluindo operações de resgate e socorro", acrescentou.
Após os tremores, a empresa de energia elétrica japonesa Tohoku Electric Power informou que não foram relatadas irregularidades em suas usinas nucleares de Higashidori e Onagawa em decorrência do terremoto.
Nenhuma anomalia foi detectada no local da usina nuclear desativada de Fukushima, informaram as autoridades japonesas à Agência Internacional de Energia Atômica.
Fukushima foi danificada por um terremoto de magnitude 9,0 que atingiu a costa leste do país em 11 de março de 2011.
Esse terremoto, o mais forte já registrado no Japão, desencadeou um tsunami que devastou a ilha principal de Honshu, matando mais de 18 mil pessoas e arrasando cidades inteiras.
O Japão é um dos países mais propensos a terremotos no mundo.
Localizado no, o país registra cerca de 1,5 mil terremotos por ano.
No início deste ano, o comitê de investigação de terremotos do Japão afirmou que havia uma probabilidade de 60% a 90% de que um megaterremoto ocorresse na Fossa de Nankai nos próximos 30 anos, com os piores cenários sugerindo que ele causaria danos bilionários e poderia matar centenas de milhares de pessoas.
Terremotos ao longo da Fossa de Nankai — uma área de intensa atividade sísmica que se estende pela costa do Pacífico do Japão — já foram responsáveis por milhares de mortes.

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