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"É claro que ele sabia das garotas"

Em e-mail, Epstein afirma que Trump passou horas em sua casa com 'uma das meninas'

Em outro texto revelado pelos democratas, Epstein escreveu que 'é claro que ele sabia das garotas'

Administração

Por Redação-CBN
Foto-UOL Notícias

 

 

Democratas do Comitê de Supervisão e Reforma Governamental da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos divulgaram nesta quarta-feira (12) novos e-mails do criminoso sexual Jeffrey Epstein em que ele afirma que Donald Trump sabia sobre os casos dele.

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Nos três e-mails divulgados (recebidos pelo comitê do espólio de Epstein e que se passam entre 2011 e 2015), Epstein aparentemente disse à sua cúmplice, Ghislaine Maxwell, que Trump 'passou horas' em sua casa com uma das vítimas de Epstein.

Há outro dois também de conversas com o autor Michael Wolff. Epstein escreveu que 'é claro que ele sabia das garotas'. Ele se refere na época a Trump como candidato a presidência. No texto, Epstein ainda diz que: 

'Quero que você perceba que aquele cachorro que não latiu é o Trump. [A vítima] passou horas na minha casa com ele, e ele nunca foi mencionado'. 
E-mail de Epstein citando Trump. — Foto: Reprodução

E-mail de Epstein citando Trump. — Foto: Reprodução

Imagem do e-mail de Epstein citando Trump. — Foto: Reprodução

Imagem do e-mail de Epstein citando Trump. — Foto: Reprodução

De acordo com as trocas de mensagens, Epstein também pediu conselhos a Wolff sobre como deveria lidar com a declaração de Trump sobre a amizade entre os dois em uma entrevista à CNN. O autor, então, respondeu que achava que deveria 'deixar ele se enforcar sozinho'. 

'Se ele disser que não esteve no avião ou na casa, isso lhe dará uma valiosa vantagem em termos de relações públicas e política. Você pode enforcá-lo de uma forma que potencialmente lhe traga um benefício, ou, se realmente parecer que ele pode vencer, você pode salvá-lo, gerando uma dívida', diz o texto o e-mail. 

Os nomes das supostas vítimas e outras informações de identificação pessoal foram omitidos das mensagens.

Donald Trump com Jeffrey Epstein. — Foto: Reprodução

Donald Trump com Jeffrey Epstein. — Foto: Reprodução

No comunicado em que os e-mails foram revelados, o congressista Robert Garcia, membro mais alto da comissão, diz que quando mais Trump tenta encobrir os arquivos, 'mais descobrimos'.

'Esses e-mails e correspondências recentes levantam questões gritantes sobre o que mais a Casa Branca está escondendo e sobre a natureza da relação entre Epstein e o presidente'.

A Câmara dos EUA se prepara para retornar do recesso e pode votar a petição para desobstruir a discussão sobre o caso Epstein e os novos registros de investigação divulgados pela comissão.

Em setembro, o comitê divulgou diversos documentos relativos ao caso Epstein. Um dos que mais chamou atenção foi o do presidente dos EUA, Donald Trump, em que existe um bilhete com uma suposta brincadeira de venda de uma mulher de Jeffrey Epstein para Trump.

Na carta divulgada entre Trump e Epstein, há o seguinte diálogo que ocorre:

Mensagem de Trump para Epstein de aniversário. — Foto: Reprodução

Mensagem de Trump para Epstein de aniversário. — Foto: Reprodução 

  • Narrador - Deve haver mais na vida do que ter tudo.
  • Donald - Sim, existe, mas não vou te dizer o que é.
  • Jeffrey - Nem eu, já que também sei o que é.
  • Donald - Temos certas coisas em comum, Jeffrey.
  • Jeffrey - É verdade, pensando bem.
  • Donald - Enigmas nunca envelhecem, você já notou?
  • Jeffrey - Na verdade, isso ficou claro para mim da última vez que te vi.
  • Donald - Um amigo é uma coisa maravilhosa. Feliz aniversário, e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo. 

Embaixo aparece a assinatura Donald e bem similar ao de Trump.

Depois da divulgação, o governo Trump veio a público se pronunciar sobre o episódio. Primeiro através da porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Ela escreveu nas redes sociais que a história é 'falsa' e que Trump 'não desenhou essa imagem e nem a assinou'. 

Trump havia pedido silêncio sobre o caso 

Donald Trump durante encontro com parlamentares republicanos. — Foto: SAUL LOEB / AFP

Donald Trump durante encontro com parlamentares republicanos. — Foto: SAUL LOEB / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que todos os funcionários da Casa Branca, desde assessores até secretários, adotem silêncio sobre a possível menção dele nos arquivos de Jeffrey Epstein. A informação é da rede de TV NBC.

Ainda segundo o mesmo veículo, também houve uma ordem para que qualquer nova informação sobre o assunto fosse passada primeiro pela Casa Branca. 

'O escritório de comunicações precisa estar diretamente envolvido em todos os aspectos disso. Cada 'i' precisa ser pontuado e cada 't' precisa ser riscado por nós', afirmou uma autoridade do governo Trump ao canal. 

A informação é revelada no dia seguinte que o Wall Street Journal revelou que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou em maio ao presidente Donald Trump que seu nome estava entre os citados nos arquivos do milionário Jeffrey Epstein, acusado de abusar sexualmente de menores de idade. A Casa Branca negou essa informação, chamando de 'notícia falsa'.

Segundo o jornal, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, e seu vice informaram ao presidente, durante uma reunião na Casa Branca, que seu nome aparecia nos arquivos de Epstein.

Ainda de acordo com a reportagem os documentos mencionam centenas de outros nomes, e o fato de aparecer nos registros não indica, necessariamente, envolvimento em irregularidades. Em resposta, a Casa Branca classificou a reportagem como fake news.

O caso Epstein voltou aos holofotes em julho, após o Departamento de Justiça reafirmar que o empresário cometeu suicídio e negar a existência de uma "lista de clientes" envolvidos nos abusos sexuais.

Acusado de comandar uma rede de tráfico sexual envolvendo dezenas de meninas menores de idade no início dos anos 2000, Epstein conviveu com milionários de Wall Street, membros da realeza e celebridades antes de se declarar culpado de exploração sexual de menores em 2008. Ele foi encontrado morto na prisão em 2019, em um aparente suicídio.

Jeffrey Epstein — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

Jeffrey Epstein — Foto: Reprodução/Jornal Nacional

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