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NOTÍCIAS DE CAMPO VERDE Segunda-feira, 06 de Junho de 2022, 06:30 - A | A

Segunda-feira, 06 de Junho de 2022, 06h:30 - A | A

AGRO

Falta de chuvas prejudica a safra de milho

O volume estimado nesta safra é de 36 milhões de toneladas, o que significa 10% a menos

Da Redação

Na última semana, Campo Verde recebeu a última etapa do 16° Circuito Aprosoja, onde foi apresentado uma estimativa que aponta que os produtores de milho no estado devem ter uma perda de aproximadamente quatro milhões de toneladas na produção e Campo Verde está justamente entre as cidades com maior prejuízo.

De acordo com a instituição, o volume estimado nesta safra é de 36 milhões de toneladas, o que significa 10% a menos da produtividade prevista para o ano.

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A Aprosoja avalia que a estiagem prolongada é o principal fator responsável por essa queda na produção. Conforme relatório da equipe técnica, algumas lavouras estão até 50 dias sem chuva significativa ou com um volume abaixo de 10 milímetros (mm).

Segundo o presidente da entidade, Fernando Cadore, o produtor rural é o maior prejudicado com esses números, porque toda previsão da colheita mexe com o mercado, com o custo de produção e as questões contratuais.

O vice-presidente da região sul, o produtor Fernando Ferri, disse que as contas não vão fechar. “Hoje os custos para o plantio do milho estão em cerca de 60 sacas por hectare, tem muitas áreas aqui da cidade que não vai chegar a 30 sacas. As espigas atingiram somente 1/3 do tamanho nestas lavouras, então os prejuízos são garantidos, então a Conab tem que rever suas perspectivas, ter em mente que os produtores nunca passaram por essa situação, em muitas áreas ficou cerca de 50 dias sem chuva, em um período onde costuma chover bastante. Eu estou aqui há 40 anos e nunca vi isso”.  

Os dados divulgados pela Aprosoja-MT foram coletados por meio de questionário com os produtores associados de todo o estado e que já confirmaram perdas irreversíveis principalmente nas regiões oeste e sul.

 

ESTIAGEM JÁ É A MAIOR REGISTRADA NOS ÚLTIMOS TEMPOS

Uma das maiores secas já registradas. Assim os agricultores de Diamantino, em Mato Grosso, definem a estiagem prolongada que castiga as lavouras de milho no município, que deve ver a produção cair pela metade este ano.

Na fazenda do agricultor Lucas Konageski, a última chuva significativa sobre os 9.500 hectares de milho cultivados foi no final de março. De lá para cá, a seca tomou conta da plantação, prejudicando o desenvolvimento dos grãos em muitos talhões. Principalmente os semeados fora da janela considerada ideal.

“A gente vinha acostumado com os últimos dez anos, quando, no mês de abril, até mesmo no mês de maio sempre dava umas chuvas salvando essas lavouras de milho plantadas um pouco mais tarde. Mas, neste ano, a chuva cortou mesmo. Uns 70% da área escapou, porém uns 30% ficaram para mais tarde mesmo e vão ter muita perda. Nas áreas arenosas, onde a perda chega a 80%, nem sei se vai valer a pena passar máquina”, diz o produtor.

Em Diamantino, 260 mil hectares de milho foram semeados nesta safra. A estimativa do Sindicato Rural do município é de que a quebra já consolidada pela seca reduza pela metade a produção de milho que era esperada no município. Kroling disse que este pode ser considerado um dos piores anos de produção. “Pelo conhecimento que eu tenho de Mato Grosso, se não é o pior ano, ele está entre os piores. O impacto hoje que a gente vê é porque hoje todo mundo tem de 80% a 100% da área de soja com milho, então este ano você vê o que uma seca antecipada faz, o prejuízo que ela traz”.

 

*Com informações Notícias Agrícolas

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