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Na quarta-feira (15), a Vigilância Epidemiológica informou que em Primavera do Leste, foram notificados 865 casos de dengue neste ano, 03 de febre chikungunya e 01 registro de Síndrome de Guillain-Barré. Os números são maiores do que em 2015. No entanto, a Secretaria de Saúde percebeu que os números de casos notificados semanalmente já apresentam uma diminuição.
O secretário de Infraestrutura Eraldo Fortes relatou que a população tem sido mais consciente e preocupada em relação aos criadouros do mosquito. Fato que pode estar ligado com a diminuição dos casos das doenças.
“Outro ponto importante foi o Decreto, que autorizou a limpeza por parte da Secretaria e cobrança. O que fez com que a população ficasse mais atenta. Percebemos que os Eco Pontos passaram a ser mais utilizados e de forma consciente pelos primaverenses”, disse Fortes que ainda relatou “os trabalhos continuam, tanto por parte das Secretaria de Infraestrutura e Saúde e da fiscalização”
Além disso, segundo Fortes, existe uma equipe exclusiva para limpar os lotes baldios e recolher os entulhos.
Em contato com o coordenador da Defesa Civil, Anízio Junior, os trabalhos feitos por eles também continuam em ritmo acelerado. “Mas percebemos que os donos de terrenos baldios estão mais preocupados com a limpeza. A população precisa continuar a ter essa consciência para que os indicadores caem ainda mais em nosso município”, relatou.
Os números de casos notificados de Zika não foram divulgados pela Secretaria de Saúde, por conta de problemas técnicos. Os últimos indicadores mostravam que em 2016, foram de 238.
SAIBA POR QUE O AEDES AEGYPTI É TÃO EFICAZ PARA TRANSMITIR DOENÇAS
Primeiro foi a febre amarela, que matou milhares de brasileiros em epidemias no passado. Depois foi a dengue, que só em 2015 afetou mais de 1,5 milhão de pessoas no país. Recentemente, duas outras doenças se uniram à lista: chikungunya e zika.
Todas são transmitidas pelo mesmo vetor: o Aedes aegypti. Mas por que esse mosquito se tornou uma ameaça tão grande? Por que ele é tão eficiente como transmissor de doenças?
Segundo especialistas, parte disso tem a ver com o próprio processo evolutivo, no qual os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se adaptaram bem ao organismo do Aedes aegypti e vice-versa. Essa espécie de mosquito se tornou muito suscetível a eles, ou seja, seu organismo oferece as condições adequadas para que eles se instalem.
Mas há outros fatores que tornam o Aedes aegypti mais perigoso, disseminado e difícil de ser erradicado.
Convivência com o homem: O Aedes aegypti se acostumou a viver perto do homem. Ele se prolifera em áreas urbanas, especialmente naquelas com grande densidade populacional, ou seja, muita gente vivendo em pouco espaço.
Apetite por sangue humano: ele preferência pelo sangue de mamíferos, especialmente o de seres humanos. Mesmo na presença de outros animais, é o homem que ele vai preferir picar. Somente a fêmea do mosquito se alimenta de sangue, porque precisa dele para amadurecer seus ovos. Uma vez infectada, ela carrega o vírus para o resto da vida e pode transmiti-lo para várias pessoas.
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Sem os olhos para a escuridão.
Sem os ouvidos para o silêncio.
Sem os dedos para o vácuo.
Sem o nariz para o inodoro.
Sem a língua para o impalatável.
No presente futuro
com a mente libertada,
no planalto de águas mansas
enxugando um amor deprimido.
Brisa forte trazendo a mim
garota vívida de pele branca
numa sombra clareada pela lua
morta por assombros dela nova.
No imaginário de um sol fervente
pingando em chão lamacento
descobrindo pessoa morta
sem pele branca queimada.
Murilo Conti Vieira
17/03/2016