O forro faz parte da etapa de acabamento de uma obra e, como o nome diz, ele tem a função de “forrar” a edificação. Apesar de parecer meramente decorativo, ele tem funções importantes como auxílio no conforto térmico e acústico, além de em muitos casos facilitar o processo de instalações elétricas e reformas, já que a passagem da fiação pode ser facilmente escondida por ele depois. É importante fazer o planejamento do forro na etapa de projeto, porque isso vai guiar o estilo e concepção arquitetônica do seu ambiente, além de influenciar diretamente o passo a passo da sua obra.
FORRO DE GESSO
Um dos tipos de forro mais conhecidos, o forro de gesso possui inúmeras vantagens e geralmente é o queridinho de quem busca por um visual clean e funções decorativas. É o grande aliado do projeto luminotécnico, por possibilitar uma compatibilização muito legal. Com ele é possível explorar infinitos efeitos de iluminação, embutir luminárias e explorar cores. Além disso, é um material que traz a possibilidade de ser pintado, coberto com papel de parede ou qualquer outro tipo de revestimento.
Existem duas opções:
• placas de gesso comum: são placas pequenas de gesso, que precisam ser içadas por estruturas metálicas na estrutura de telhado existente. É um método que faz bastante sujeira, então uma dica pra quem tá reformando é analisar bem a sua situação aí pra ver se compensa! Geralmente o pessoal que executa esse tipo de forro utiliza andaimes pra fazer o acabamento, que ficam sobre (claro!) o seu piso. Então, se a sua intenção não for trocar o piso existente, lembre-se de protegê-lo muito bem pro pessoal poder trabalhar em cima dele e não estragar tudo. Esse tipo de forro é muito legal pra fazer detalhes decorativos, sancas, rebaixos, recortes, etc.
• placa de drywall: é uma placa de gesso que leva um revestimento de papel acartonado. É mais resistente e durável, além de não haver necessidade de perfis, montantes, etc. Mas a desvantagem é preço, que é mais caro que o gesso comum.
FORRO DE PVC
É um tipo de forro muito popular, por ser barato e de instalação prática, não faz sujeira e não necessita de acabamento final depois de instalado. É um método mais simples, que não tem a versatilidade do forro de gesso e geralmente perde no quesito aparência, mas hoje em dia estão surgindo no mercado outras opções de visual, cores e tamanhos.
FORRO DE MADEIRA
Também é um tipo de forro bem conhecido e geralmente procurados por quem curte um estilo mais rústico ou busca um ambiente mais aconchegante, que poucos materiais são capazes de possibilitar tão bem como a madeira. A instalação é simples e ele permite pintura. O preço vai depender muito do tipo da madeira e a mão-de-obra que você vai escolher. É importante pesquisar bastante antes de mandar fazer, porque o forro de madeira permite vários tipos de encaixe e instalação. Quando se fala de madeira é bom ficar atento ao bom acabamento e manutenção para evitar cupins.
FORRO MODULAR
O forro modular é muito utilizado por ambientes corporativos, escritórios, hotéis, espaços públicos, e é uma alternativa bem moderna, que apresenta sempre novidades. Existem opções como forro de fibra mineral, isopor, metálico, lã de vidro, etc. A vantagem é que, por ser disposto em placas, facilita a fácil manutenção, por possibilitar que se retire uma ou mais placas e depois as coloque de volta no lugar.
FORROS ALTERNATIVOS
Existem também outros tipos de forro, como o de palha e de bambu. São geralmente utilizados em áreas externas ou abertas, como varandas, churrasqueiras, estruturas próximas a piscinas, pergolados, etc. Geralmente escolhidos por quem possui um telhado com estrutura em madeira e não quer escondê-lo, deixando as vigas aparentes. É uma solução que esteticamente se apresenta de maneira mais leve do que o forro de madeira – que também possibilita deixar o telhado aparente. Também é necessário fazer uma pesquisa para escolha das cores, modelos, mão-de-obra e impermeabilização, que é o que vai ditar o preço.
SEM FORRO
Muita gente prefere abrir mão do forro e assumir o acabamento só na laje mesmo. Sem problemas! É uma solução tomada por quem geralmente quer economia. Mas é bom lembrar: isso deve ser definido na etapa de projeto para que tudo saia como esperado: dentro do orçamento e do calendário de obra. Fora a dor de cabeça, né? Tenha em mente que nesse tipo de solução a execução das instalações pode ser totalmente diferente, então não adianta decidir isso depois da obra começada. Isso vale também para a instalação das luminárias: se você quiser luminárias embutidas é preciso especificar isso em projeto para que a laje seja executada contando com esses vãos que serão ocupados pelas luminárias mais tarde. Depois da laje executada não é possível perfurar ou cortar para embutir nada, então quem vai reformar, precisa escolher luminárias externas!
Maria Lívia 07/06/2017
Muito obrigada, Jorge!!!
Jorge Lucas Cavalcante 29/05/2017
Parabéns!! Ótima matéria, como sempre..
2 comentários