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Será que vai?

Articulistas de MT analisam efeito Trump

Gazeta Digital - Política de MT - de 09/11/2016

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Articulistas internacionais locais afirmam que uma grande preocupação imediata é com quem saiu do país para tentar a vida na condição de imigrante e entre eles há mato-grossenses. Isso porque Trump anunciou, durante a campanha, que vai expulsar ilegais do mapa norte-americano.

O articulista internacional Pio Penna, professor doutor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), faz algumas ponderações sobre a eleição de Trump, em cima da democrata Hillary Clinton, 69 - apoiada pelo correligionário Barak Obama.

Ele diz que, após 16 anos de gestão democrata, fechando com Obama, "é natural a mudança e isso faz parte da democracia".

Destaca também que o perfil de Trump encontra muita identificação entre brancos, bem sucedidos, de baixo padrão intelectual, evangélicos, conservadores, do interior, nacionalistas e que veem a invasão de imigrantes com maus olhos.

"Esses se inspiram em Trump, que também é branco, bilionário, casado com uma modelo", destaca, se referindo à primeira dama de 46 anos, Melania Trump, que é da Eslovênia.

Trump não se referiu a este tipo de imigrante como a esposa dele e sim a trabalhadores braçais, que chegam na potência mundial clandestinamente em busca de subempregos.

Contra esses, Trump avisou em campanha eleitoral que construiria, se eleito fosse, um muro, para evitar a entrada deles.

"Se vai ou não construir, o muro será real mesmo que simbolicamente. Os ilegais brasileiros que estão lá vão ter que sair, nisso a eleição dele vai afetar sim", opina Pio Penna.

Para ele, a vitória de Trump está ligada ao desejo de resgate dos valores norte-americanos e um deles é o nacionalismo.

Sobre a possibilidade dele alavancar uma candidatura de Jair Bolsonaro, do PSC do Rio de Janeiro, para presidente do Brasil, em 2018, Penna vê uma "paranóia" em torno de um político "insignificante, com alta rejeição e que não conseguiu fazer nem um governador do Rio".

Sobre a foto de Trump ao lado de Bolsonaro que está circulando nas redes sociais pedindo Bolsonaro presidente em 2018, ele diz que fotos assim, do tipo papagaio de pirata, Trump deve ter com incontáveis pessoas.

O professor ressalta que "o Brasil é um país insignificante para os EUA e achar que Trump vai ajudar a eleger Bolsonaro é uma bobagem".

Sobre a política bélica de Trump, Penna acredita que não será mais ofensiva do que a de Obama, com a diferença de que a dele será clara. "A gente sabe quem ele é", diz o articulista, criticando o modo velado dos democratas de atuar neste segmento e afirmando que essa transparência do republicano é o ponto positivo dele.

Outro articulista, também doutor em História, Alfredo da Mota Menezes, professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), reforça que "o Brasil não está no radar de interesse norte-americano" e que o país é visto em meio aos outros da América Latina.

Ele vê a eleiçaõ de Trump dentro da "onda conservadora" no mundo e acredita que isso pode influir e que já está influindo no jogo político nacional, favorecendo Bolsonaro.

Sobre a política bélica de Obama, destaca que ele não invadiu um país se quer e que no programa de gestão de Trump um dos pontos de destaque é a promessa de aumentar o poderio bélico da potência mundial.

"Então têm muita diferença", pontua.

Quanto a assuntos polêmicos - como religião, aborto, descriminalização das drogas, racismo, casamento homoafetivo - Menezes acredita que o que ele disser sobre isso deve impactar no mundo. Mas que é difícil retirar direitos conquistados.

Sobre migrantes, pensa que mexicanos e uma parte dos brasileiros e outros imigrantes podem ser poupados da "varredura" de Trump, porque fazem o serviço que o norte-americano se recusa a fazer.

Para finalizar suas previsões, destaca a hegemonia internacional de ideias dessa "maioria silenciosa" que elegeu Trump está provocando a onda conservadora no mundo.

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A incapacidade de Trump

é comprovada mais do que nunca,

por conduzir os interesses americanos

no Oriente Médio.

Há desastres no horizonte.

Tempestades além dos mares.

Quanto mais no deserto permanecem,

mais irão sofrer.

Inocentes, desesperados,

não mais vivem na esperança.

Qual é o interesse?

O motivo por tanta discussão?

É a paz dos que vivem no deserto?

Ou a paz dos que vivem

no bolso dos aliados?

Turbulências sendo delimitadas.

Projeto nacional Palestino em colapso.

Várias frentes de batalha no Líbano,

levando o desespero e caos aos inocentes.

Nova estratégia americana

de reforço no Iraque,

não muito satisfatórias.

em pane.

Na tentativa de arquitetar

uma nova ordem no Oriente Médio.

Um novo cenário com desafios

bastante complexos,

resultando em um vasto desastre

nos interesses americanos.

O conflito era entre árabes e israelenses,

onde disputavam terras.

Hoje, árabes e os aliados,

guerreiam por interesses políticos.

Onde os últimos,

querem a total dominação

dessas ricas terras.

 

Murilo Conti Vieira

 

09/11/2016

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