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Quarta-feira, 01 de Julho de 2015, 08h:40 - A | A

DESVIO DE VERBA

José Riva é preso novamente após ficar seis dias solto

Ex-deputado foi preso nesta quarta-feira (1º) por decisão judicial

G1/MT

Seis dias após ter sido solto por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-deputado estadual José Riva (PSD) foi preso novamente nesta quarta-feira (1º), em Cuiabá. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), Riva foi detido em uma nova operação deflagrada pelo Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

O ex-parlamentar que ocupou cargo na Assembleia por mais de 20 anos é acusado de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres da instituição. O G1 tentou, mas não conseguiu entrar em contato com os advogados de Riva até a publicação desta reportagem.

Além do mandado de prisão, o Gaeco cumpre mandado de busca e apreensão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Agentes chegaram ao prédio localizado no Centro Político Administrativo no início da manhã de hoje. No entanto, a assessoria do MPE não informou quais documentos foram apreendidos.

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José Riva ficou quatro meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) após a Operação Imperador, também realizada pelo Gaeco. No ano passado, ele já havia sido preso em outra operação, a Ararath, da Polícia Federal, que apura suspeita de desvio de recursos públicos por meio de lavagem de dinheiro por meio de factorings de fachada. À época, ele foi solto três dias depois.

Na denúncia, o MPE aponta que, como primeiro-secretário da ALMT, José Riva teria liderado um esquema de licitações fraudulentas que direcionavam contratos para empresas que depois não entregavam as mercadorias. As empresas, afirma o MPE, eram de fachada. No entanto, ele nega todas as acusações.

Na semana passada, antes da libertação de José Riva, a juíza Selma Rosane dos Santos de Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, determinou que ele passasse a usar tornozeleira eletrônica, como medida alternativa à prisão.

O ex-deputado também foi proibido de deixar a comarca sem autorização. A juíza ainda mandou que a Polícia Federal fosse comunicada sobre a decisão para que José Riva não tentasse retirar novo passaporte, bem como que as embaixadas de países do Mercosul nos quais não é preciso apresentar passaporte fossem avisadas sobre a proibição da expedição do documento.

O ex-parlamentar responde a mais de 100 ações cíveis e criminais e já teve quatro condenações colegiadas por crime de improbidade administrativa. Ele também foi probido, na semana passada, de ir à Assembleia Legislativa e às sedes de empresas que estariam envolvidas no esquema, cujos donos são corréus da ação.

Ele também não poderá manter contato com nenhum dos acusados e testemunhas do processo - exceto a mulher dele, Janete Riva, que, segundo o MPE, ocupou o cargo de secretaria de Finanças da Assembleia e também é ré no processo. Além deles, outras 13 pessoas, entre empresários e servidores públicos, são acusados de participação no esquema.

 

Indeferido
Na eleição passada, Riva tentou concorrer a governador de Mato Grossso, mas teve a candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Janete então assumiu o lugar do seu marido e lançou candidatura.

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