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Sexta-feira, 27 de Fevereiro de 2015, 18h:39 - A | A

CUIABÁ

Deputados discutem por demissões de comissionados na AL

Pinheiro diz que demissões causam "desespero" em servidores; Botelho acusa "jogo de cena"

Midia News

O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) voltou a criticar, na sessão ordinária desta quinta-feira (26), a demissão de mais de 800 servidores públicos comissionados (que exercem cargos de confiança) da Assembleia Legislativa.

Segundo o parlamentar, algumas atitudes da Mesa Diretora têm levado os funcionários “ao desespero”.

“Estou pedindo respeito ao comissionado. Essa comissão a qual participo vai definir critérios que nada têm a ver com os comissionados. Então, o que peço é que tenhamos uma decisão em relação a essa situação. Não podemos colocar nos ombros dos comissionados uma responsabilidade que não é deles”, afirmou.

Pinheiro classificou a demissão em massa como “canetaço”. Ele acredita que as exonerações deveriam ter sido feitas de forma gradativa. 

“Ficamos quase um mês parados, porque eles fazem falta para a Casa. Então, poderia não ter feito esse ‘canetaço’, mas, sim, gradativamente diminuindo. A Mesa, no afã de resolver os problemas da Casa, está desrespeitando os direitos e levando inúmeras famílias ao desespero”, disse.

As declarações de Emanuel Pinheiro geraram reação do presidente da Assembleia, deputado Guilherme Maluf (PSDB), e do vice-presidente, Eduardo Botelho (PSB).

Maluf afirmou que encontrou o Poder Legislativo em situação “caótica” e que precisava fazer as demissões. 

“Precisamos mudar a forma de fazer o gerenciamento do quadro de servidores. É isso que estamos propondo e vamos fazer”, afirmou.

Mais incisivo, Botelho disse que o deputado do PR “joga para a plateia” ao criticar algo que, segundo ele, irá gerar economia à Assembleia.

“Nosso trabalho vai ser claro e transparente. Ninguém está fazendo jogo à portas fechadas ou escondido. Precisamos fazer um jogo limpo, não vou jogar para a plateia. A folha de janeiro bruta vai passar de R$ 20 milhões e o senhor, deputado, precisa verificar isso”, disse Botelho.

O deputado do PSB ainda negou que esteja “tirando o sustento” de famílias e ressaltou que cerca de 150 funcionários já estão trabalhando, novamente, na Casa de leis.

“Ninguém aqui não está querendo cortar ou tirar sustento, existem muitos pais de família aqui, todavia temos que ter transparência nesses cargos. Vamos ter reunião da comissão da reforma e o deputado saberá o que está sendo feito. Depois poderá vir falar o que entendeu, mas, antes, peço que tome conhecimento dos fatos”, afirmou.

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“Inês é morta”

Em seguida, Emanuel Pinheiro rebateu as críticas do vice-presidente da Casa. Para ele, mesmo a Mesa não tendo má-fé em suas atitudes, houve erro nas demissões de comissionados.

“Eu não vou vestir a carapuça, deputado Botelho. O senhor deve estar estressado com tantas ocorrências do dia a dia da Assembleia, deve ter se irritado. Não jogo para a plateia, jogo para o cidadão, para o servidor. Em nenhum momento disse que a Mesa está perseguindo os servidores”, disse.

“Mas Inês é morta e se eu tivesse má-fé, diria que quem jogou para a plateia foi a Mesa, não eu. Conheço as intenções de vocês, mas sou obrigado a dizer que, até o momento, as atitudes da Mesa com os comissionados tem sido de penúria”, afirmou. 

Por fim, o deputado do PR pediu profissionais demitidos receberam seus vencimentos de acordo com o último mês trabalhado.

“Estou do lado de vocês, sei da boa intenção, sei que não estão jogando para a plateia e querem resolver os problemas da Casa, mas vamos separar o joio do trigo, todos foram colocados em uma vala comum, mas a maioria trabalha bem e sustenta essa Casa”, completou. 

Comissão 

O deputa Emanuel Pinheiro é um dos parlamentares que compõe a comissão que trata da reestruturação da Assembleia Legislativa. A comissão é presidida pelo deputado Eduardo Botelho (PSB). 

De acordo com o presidente da AL, Guilherme Maluf, a expectativa, após a reestruturação – e o consequente corte de gastos - é de uma economia anual de cerca de R$ 20 milhões na Casa.

 

 

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