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Quinta-feira, 05 de Maio de 2016, 14h:17 - A | A

Operação Ararath

Delator de esquema de desvio de verba em MT devolve R$ 8 milhões

Empresário delação premiada e colaborou com as investigações do caso

G1 MT

O fim da força-tarefa no âmbito da Operação Ararath, deflagrada em 2014 pela Polícia Federal e prendeu políticos e empresários mato-grossenses por suspeita de esquema de crimes financeiros e desvio de recursos do governo do estado, foi anunciado na terça-feira (3) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e divulgado nesta quarta-feira (4). Com o término das investigações, o Ministério Público Federal (MPF) divulgou o balanço das fases da operação.

Entre as informações divulgadas está a de que o empresário Gércio Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, dono das empresas Globo Fomento Mercantil, empresa que atuava como 'banco clandestino' para transações financeiras e lavagem de dinheiro, e Amazônia Petróleo, devolveu R$ 8 milhões e até dezembro deste ano deverá devolver mais R$ 4 milhões. Ele fez acordo de delação premiada e colaborou com as investigações.

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O montante foi obtido de forma ilegal por meio do esquema, que, segundo o MPF, tinha a suposta participação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), atualmente preso acusado de outros crimes, e de outros ex-agentes públicos, como do ex-secretário de Fazenda e da Casa Civil do estado, Éder Moraes, e do ex-secretário-adjunto do Tesouro de Mato Grosso, Vivaldo Lopes. Também são acusados de integrar a quadrilha a mulher de Eder Moraes, Laura da Costa Dias, e o ex-superintendente do Bic Banco no estado, Luis Carlos Cuzziol.

Inclusive, Éder Moraes e Luis Carlos Cuzziol foram condenados a 69 e 31 anos de reclusão, respectivamente, pelos crimes.

 

O dinheiro apreendido e restituído está sendo aplicado em programas que beneficiam alunos de escolas públicas do estado. Conforme o MPF, parte de meio bilhão de reais bloqueados dos réus beneficiaram cerca de 100 mil alunos e alunas de escolas estaduais, municipais e até particulares, no programa “Um por Todos e Todos por Um”. Também serão destinados recursos ao Grupo de Investigações Sensíveis (Gise) da Polícia Federal.

Segundo as investigações, a Globo Fomento e a Amazônia Petróleo, ambas de propriedade de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, conhecido como Júnior Mendonça, seriam utilizadas para obter empréstimos fraudulentos em instituições financeiras que beneficiariam Éder Moraes, o senador Blairo Maggi e o governador Silval Barbosa.

Conforme as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, Éder Moraes seria o principal articulador de um esquema de empréstimos fraudulentos que beneficiaria ele, Maggi e Silval. Parte dos empréstimos ocorria por meio das contas da empresa Amazônia Petróleo, e do Bic Banco (Banco Industrial e Comercial S/A). Esse banco, do qual Moraes chegou a ser superintendente em Mato Grosso, e outras duas instituições bancárias 'sustentavam' o esquema.

Em depoimento, Junior Mendonça afirmou que o esquema começou em 2008, com um empréstimo feito ao então vice-governador do estado, Silval Barbosa, no valor de R$ 4 milhões. A garantia dessa transação era uma nota promissória com esse mesmo valor, onde constavam como emitente e avalista o próprio Silval Barbosa e Éder Moraes.

 

 

 

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