O gari Darliney Silva Madaleno, de 41 anos, que teve a perna amputada após ser atropelado pela procuradora Luiza Farias Corrêa da Costa, de 65 anos, revelou que só recebeu até agora uma ajuda de R$ 100 e duas muletas. A informação foi dada pela própria vítima em um depoimento ao delegado Cristian Cabral, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran), de quinta-feira (5).
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Darliney foi atropelado no dia 20 de novembro enquanto recolhia lixo na avenida Getúlio Vargas, em Cuiabá. O veículo que a procuradora conduzia bateu na traseira do caminhão de lixo.
Um vídeo divulgado mostra o momento em que houve a batida. O teste do etilômetro apontou que a procuradora estava embriagada.
O trabalhador foi socorrido e encaminhado para Pronto Socorro de Cuiabá e precisou amputar uma das pernas. Para o delegado, a vítima relatou que o valor de R$ 100 seria a “ajuda de custo” para as despesas médicas.
Darliney disse que a procuradora prometeu ajudar. "Ela me deu uma muleta e um valor de R$100...
ela falou que vai ajudar que vai pegar o seguro do carro, mas até agora não ajudou mais", disse em entrevista à TV Vila Real.
A esposa do trabalhador, que precisou sair do emprego para cuida do marido, disse que a procuradora nunca mais apareceu para ajudar o casal, que passa por situação financeira delicada desde o acidente.
"Eu sai do meu emprego para cuidar dele. Ele precisa de mim para tomar uma água um café, mas o meu medo mesmo é ficar no esquecimento. Eu não vou dar conta de trabalhar fora e cuidar. Precisamos de um banheiro adaptado. Ela [Luiza] se envolveu emocionalmente, ela também precisa de ajuda, mas não ajudou mais e precisamos de ajuda. Ela saiu de um lugar sem condições para dirigir", disse a esposa emocionada.
Na audiência de custódia, o juiz arbitrou fiança de 8 salários-mínimos, sendo o valor de R$ 7,5 mil para que a procuradora fosse liberada. O gari deve mover uma ação contra a procuradora cobrando indenização por danos morais, estéticos e materiais.