O professor-chefe de Departamento da Faculdade de Geociência da Universidade Federal de Mato Grosso, Prudêncio Castro, disse durante audiência pública, na última segunda-feira (10) que o ‘Portão do Inferno’, localizado na Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, é uma área de alto risco geológico. Além disto, ele citou a queda de blocos e a erosão no local. A ideia é criar no local o Complexo Turístico do Portão do Paraíso.
Prudêncio iniciou sua explanação dizendo sobre a característica geofísica da área. Ele enfatizou que o local é um mirante situado em um perímetro de curva acentuada, à beira da rodovia e a um nível de 150 metros de altura. “No local existia uma lanchonete, mas infelizmente essa bela vista foi interditada, por risco de desmoronamento, pois a lanchonete ficava à beira do paredão. Algumas pessoas ainda se arriscam parando para tirar fotos”.
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O professor ainda disse que será necessário implantar uma estrutura que proteja a natureza e dê segurança às pessoas visitantes ao atual Portão do Inferno. “Trata-se de uma área de alto risco geológico, tanto para os veículos que circulam naquela ponte, que está instalada num local de dinâmica natural muito grande devido a queda de blocos, movimentos de massa e mesmo a erosão”, afirmou.
Com o objetivo de reverter o quadro e dar mais segurança aos visitantes, Castro fez um alerta para os motoristas que costumam estacionar seus veículos nas imediações da via.
“Uma das alternativas encontradas é que os veículos não parem mais na curva, que não tem estacionamento e sem condições de segurança. O projeto prevê o estacionamento distante 200 metros do mirante, em um local seguro e de fácil locomoção para os visitantes”, destacou ele.
No evento foram lançados os projetos citados acima do futuro Complexo Turístico do Portão do Paraíso, hoje chamado de Portão do Inferno, que tem R$ 2,5 milhões para a sua implantação.
Diversos acidentes já foram registrados no trecho conhecido como 'Portão do Inferno', principalmente colisões contra o paredão que existe no local. Além disto, também já foram registradas quedas de rochas na estreita pista, que fica em uma curva acentuada.
