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Terça-feira, 16 de Outubro de 2018, 16h:26 - A | A

ASFIXIA COM SACO PLÁSTICO

Delegado e investigadores foram presos acusados de torturar 'suspeitos'

Os servidores foram presos na manhã desta terça-feira (6), durante a Operação Cruciato, deflagrada pelo (Gaeco).

REPÓRTER MT

Depoimentos de um menor e outro preso, apontam que o delegado Edson Pick e os investigadores Woshington Kester Vieira e Ricardo Sanches praticavam tortura durante cumprimentos de mandados de busca e apreensão em Colniza (1.065 km ao Norte de Cuiabá).  

 

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Os servidores foram presos na manhã desta terça-feira (6), durante a Operação Cruciato, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

 

Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), três pessoas confirmaram a prática de tortura dos agentes públicos. O método mais usado, segundo relatos, era o de asfixia com saco plástico.

 

Um menor de idade contou aos promotores do Gaeco que os policias civis entraram em sua casa e o torturaram na frente dos tios. Ele foi espancado e asfixiado com uma sacola após a polícia encontrar porções de maconha no local. O depoimento do menor foi confirmado pelos tios.

 

Outro denunciante, também de Colniza, disse que estava pelado quando os policiais chegaram em sua casa pela madrugada. Ele foi colocado em uma cadeira, onde foi torturado, na frente da mulher. A denúncia se assemelha com o depoimento do adolescente e também foi confirmada pela esposa do acusado. Ela contou que o marido pedia para que fosse morto logo, tamanho sofrimento submetido pela asfixia.

 

Os crimes de tortura, conforme o MPE, se assemelham com os atos praticados no filme Tropa de Elite. Outro denunciante disse que foi ameaçado de morte, caso ‘abrisse a boca para o juiz’.

 

Para manter os abusos de autoridade em sigilo, segundo o processo, os torturados não podiam reclamar das lesões durante o exame de corpo de delito, pois as análises eram acompanhadas de perto por um policial civil, caso contrário seriam mortos pela própria Polícia Civil.

 

A prisão preventiva dos policiais foi decretada no dia (9) de outubro pelo juiz Ricardo Frazon Menegucci e cumprida na manhã desta terça-feira (15) pelo Gaeco.

 

A Corregedoria da Polícia Civil disse que acompanha as investigações para analisar possíveis penalidades aos servidores.  

No mandado de prisão, o juiz argumenta que os acusados serão encaminhados para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

 

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