No dia 29 de agosto, é o Dia Nacional de Combate ao Fumo, e o objetivo desta data é conscientizar e mobilizar a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é a principal causa de morte evitável no planeta, sendo considerado um problema de saúde pública. Estimasse que cerca de 200 mil pessoas morrem todo ano no Brasil em decorrência do fumo.
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De acordo com Edézia Deanny Pires Guirra, coordenadora de Atenção Básica, o tabagismo é considerado uma epidemia mundial, mas no Brasil tem diminuído o índice de prevalência devido às campanhas que vem sendo realizadas desde 1980. “A propaganda no maço, o aumento de impostos da comercialização e as ações de prevenção do combate ao fumo”, salientou.
Edézia explicou que o Ministério da Saúde junto ao Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), vêm promovendo tratamentos, no qual o estado fornece medicação para os municípios. “Nesse programa de tabagismo já existe o tratamento. No município temos um programa desde 2010 de controle ao tabagismo e em 2013 foi montado o primeiro grupo. Atualmente fizemos o 11º grupo e tivemos 219 participantes. Essas pessoas que participam são fumantes que tem o desejo de parar”, explicou.
Para participar do grupo a pessoa deve procurar uma unidade básica de saúde mais próxima da residência e há uma agenda. “O nosso grupo é centralizado que é conduzido pelo Núcleo de Apoio ao Centro da Família e temos uma equipe de profissionais com assistente social, educador físico, psicóloga e queremos ampliar isto por um processo de descentralização”, disse a coordenadora.
Dentro do programa existem as medicações que são disponibilizadas pelo Estado. “O trabalho é feito de forma individual e em grupo é analisado o comportamento para diminuir o uso do cigarro, porque é uma mudança de hábito de vida, que não é algo fácil, é um trabalho social para a abstinência do cigarro. Existe o antidepressivo que é avaliado pelo médico se o paciente realmente necessita ou não, há as gomas e adesivos que são para reposições da nicotina gradualmente”, contou.
Edézia ressaltou os malefícios que o tabaco traz que é o câncer no pulmão, na garganta, de boca, afeta a voz, os dentes, a pele, doenças respiratórias, circulatórias, asma, além de ser um fator de risco para os fumantes passivos.
As campanhas em combate ao fumo são realizadas em maio, pois é internacional e este ano foi realizado de forma diferente. “O objetivo foi capacitar as unidades para o profissional se sensibilizar e repassar isto ao usuário. Geralmente também fazemos caminhadas e panfletagens”, finalizou.
CIGARRO ELETRÔNICO É UMA BOA OPÇÃO A PARAR DE FUMAR?
A principal diferença do cigarro eletrônico em relação aos outros, é a simulação do ato de fumar
O cigarro eletrônico chegou no mercado recentemente, mas já vem ganhando o espaço. Ele funciona da mesma forma que os adesivos e chicletes de nicotina, entregando aos poucos a substância ao fumante.
A principal diferença do cigarro eletrônico em relação aos outros, é a simulação do ato de fumar, desta forma, causa a mesma sensação e ajuda a pessoa acabar com o vício.
O dispositivo mantém o usuário livre das substâncias tóxicas e cancerígenas, como cádmio, arsênio e muitas outras.
O aparelho contém um líquido composto por nicotina pura, essa solução é aquecida por um circuito elétrico e se transforma em vapor, que é tragado pelo fumante. Esse vapor só contém água e nicotina, por isso o cigarro eletrônico reduz o risco de câncer. Teoricamente a nicotina não causa câncer, mas é a substância que faz com que o usuário se vicie, e neste novo cigarro ela é encontrada em proporções equivalentes a 20 cigarros tradicionais.
Acendimento: o usuário aperta o botão (liga-desliga) e a resistência elétrica é ativada para aquecer a câmara de vaporização.
Tragada: quando o fumante traga através da boquilha, o chip controlador dá ordem à resistência e essa aumenta a temperatura.
Fumaça: com o calor intenso a solução química passa para o estado de vapor, este é rico em nicotina que sai pela ponta do cigarro e é aspirado pelo fumante.
O nível de poluição inalado pelos paulistanos é o equivalente ao consumo de dois a quatro cigarros por dia. Grande responsável por esse nível é a emissão de fumaça preta dos veículos. Em São Paulo, a fiscalização já multou 700 veículos que soltam o poluente.
LEI ANTIFUMO (LEI Nº 12.546/11)
Diante dos riscos do tabagismo para as pessoas que fazem uso desses produtos e para quem os rodeia, foi estabelecida a Lei Antifumo (lei nº 12.546/11), que determina a proibição do ato de fumar em ambientes coletivos, públicos ou privados, como restaurantes, clubes e halls de entrada em condomínio. A determinação afeta até mesmo locais parcialmente fechados com divisória e extingue a existência dos fumódromos e propagandas de cigarro. Em caso de descumprimento dessa lei, os estabelecimentos são multados.
O cigarro, assim como outros derivados do tabaco, não possui uma quantidade segura de consumo. Somente na fumaça desse produto, por exemplo, encontramos mais de 4.700 substâncias tóxicas, algumas inclusive cancerígenas.