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POLÍCIA Quarta-feira, 16 de Agosto de 2017, 10:07 - A | A

Quarta-feira, 16 de Agosto de 2017, 10h:07 - A | A

Homicídio

Julgamento do homicídio de Elizangela Fernandes foi realizado nesta terça-feira

O réu conseguiu pegar pena mínima nos dois crimes que lhe foram imputados.

Paulo Pietro
Campo Verde

O Julgamento do caminhoneiro Edson Ferreira de Souza, 38, morador de Campo Verde, acusado de ter matado a manicure Elizangela Fernandes Zambonini, 41, em 2016, aconteceu na manhã desta terça-feira (15) em Campo Verde.

O Julgamento que já havia sido adiado por duas vezes, devido à falta de provas periciais que estariam sendo elaboradas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), acabou sendo finalmente realizado com a condenação do réu.

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Edson confessou que matou Elizangela com um golpe de punhal, após um desentendimento. Os exames de DNA no corpo da vítima foram inconclusivos, mas a faca usada no crime continha fragmentos do tecido do caminhão que Edson usava no dia do homicídio. Somado aos depoimentos das testemunhas oculares seria complicado conseguir uma absolvição, por esse motivo a estratégia da defesa se pautou na confissão do réu, explicando os motivos para o mesmo ter cometido o crime.

O Ministério Público postulou a desqualificação do crime, julgando o réu por homicídio simples, sem qualificantes. Desta forma, Edson pegou pena de 6 anos pelo homicídio e mais dois anos por porte ilegal de arma de fogo, já que carregava em seu caminhão uma pistola .380. A defesa comandada pelo advogado Gustavo Bonifácio, conseguiu a pena mínima nos dois crimes.

O caminhoneiro ficou preso por um ano e nove dias, como era réu primário e manteve o bom comportamento no período de detenção, ele vai poder cumprir a pena em regime semiaberto. Em Campo Verde não existe uma cadeia pública em que possa ser cumprido essa forma de detenção, por esse motivo ele foi solto, com a responsabilidade de comparecer pelo uma vez por mês ao fórum para assinar os documentos necessário.

 

 

ENTENDA O CASO

Na noite de sábado, do dia 07 de agosto de 2016 em Campo Verde, um homicídio foi registrado, nas proximidades do bairro Estação da Luz, por volta das 21h. Segundo as informações obtidas com a Polícia Militar, uma mulher conhecida pelo nome de Elizangela, foi esfaqueada, não resistiu aos ferimentos, vindo e morreu antes de dar entrada no Hospital Municipal.

Testemunhas oculares do fato viram a mulher nua, descendo de caminhão de Edson já ferida. Ela caiu no chão e imediatamente eles chamaram o atendimento de emergência. O caminhoneiro seguiu caminho, mas uma das testemunhas acompanhou o mesmo e avisou a Polícia informando sobre os fatos acontecidos, passando ainda as características do veículo e a placa do caminhão.

Em posse das informações, os policiais saíram em busca do suspeito, segundo o sargento Anjos, da Polícia Militar de Campo Verde, “nós estávamos realizando o patrulhamento na cidade, quando um cidadão nervoso entrou na contramão com uma motocicleta e nos abordou, relatando o ocorrido. Com as informações obtidas, nós começamos a realizar as buscas e no interior de um posto de combustível encontramos o suspeito. Neste intervalo de tempo já tínhamos a confirmação do óbito da vítima. Abordamos o suspeito e na revista pessoal nada foi encontrado, porém no interior do veículo achamos uma pistola calibre .380, vestes femininas ensanguentadas e o próprio suspeito estava com a mão suja de sangue”, diz.

O caminhoneiro Edson Ferreira de Souza, principal suspeito do crime negou ter esfaqueado a mulher. Ele nos informou que a mulher estava nua na rua pedindo ajuda e quando ele parou ela adentrou no caminhão ensanguentada e depois de andar algumas quadras ela saiu do caminhão correndo.

O suspeito relatou que a mulher havia lhe dito que foi estuprada. Ele ainda disse que depois do ocorrido ficou sem ação e não sabendo o que fazer foi até o posto, onde foi abordado pelos policiais.

 

Mais tarde a Polícia Civil, comandada pelo delegado titular da Delegacia Municipal de Campo Verde, Mário Santiago, também foi até o possível local do crime e lá encontrou a faca que teria sido usada para esfaquear a vítima.

Paulo Pietro

juri

 

 

    

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