Mais uma vez, trabalhadores do Grupo JPupin procuraram nossa reportagem para falar sobre os problemas enfrentados e injustiças nos seus postos de trabalho.
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Eles alegaram que O Diário é o único meio de comunicação que lhes concedeu um espaço para falar sobre os problemas, que a pressão realizada pelos funcionários de outras unidades acabou surtindo efeito.
Desta vez quem procurou nossa redação foram trabalhadores da Fazenda Vertente localizada no município de Santo Antônio do Leverger. No local trabalham 38 funcionários que estão sem receber o salário há dois meses (dezembro e janeiro), também reclamaram de não receber o 13° salário. Mesmo diante os atrasos os funcionários desta unidade nunca realizara protestos, diferente de outros locais, segundo o que nos informou um dos funcionários, que preferiu não se identificar “depois que os trabalhadores das outras unidades apareceram na imprensa, realizaram manifestações, o dinheiro apareceu, aqui até agora nada, mas muitos companheiros já não estão vindo mais para o trabalho, pois não tem se quer condições de abastecer seus veículos para chegar ao emprego.”
Segundo o que informou nossa fonte, a fazenda é produtora de soja, milho e algodão, “agora estamos prontos para realizar a colheita, mas já avisamos, que se não recebermos antes não vamos trabalhar e também não pretendemos deixar que eles façam. Estamos nos sentindo ameaçados e a única garantia que temos de receber é essa colheita,” finalizou.
Em outros casos, envolvendo o Grupo JPupin, até mesmo a Polícia Militar teve que ser acionada para que o grupo liberasse a entrada das fazendas.
A situação financeira complicada do Grupo é notória, eles pediram Recuperação Judicial e foram atendidos pela justiça, que deu um prazo para que eles realizassem um planejamento para pagar seus credores. Mas vale ressaltar que a recuperação não exime o grupo de arcar com as despesas e o salário de seus funcionários. Os primeiros trabalhadores que procuraram nossa redação foram da Fazenda Marabá, do município de Campo Verde, logo após funcionários da Fazenda GMB do município de Paranatinga e agora os funcionários da Fazenda vertente, também exigem os pagamentos atrasados.
Os funcionários disseram que não querem causar problemas aos patrões, mas que precisam receber, já que todas as economias e até mesmo recursos de parentes e amigos se esgotaram nos últimos meses de espera.
Mais uma vez tentamos contato com o Grupo JPupin por telefone e e-mail e não obtivemos respostas.
