Uma situação vivenciada por uma leitora do jornal O Diário, que entrou em contato com nossa redação, reacendeu uma discussão sobre a situação das arvores que estão plantadas nas calçadas do município.
Em seu caso ela é moradora da Rua Bandeirantes, no Bairro Jardim Campo Verde II, e devido ao corte de uma árvore, que ela mesmo plantou e cuidou durante 9 anos, registrou até mesmo boletim de ocorrência.
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O vizinho que havia se mudado há pouco tempo, segundo ele por situação de segurança resolveu cortar a árvore, que estava plantada na calçada sob a divisa dos dois terrenos. A situação gerou um mal estar entre as partes. A leitora do jornal registrou um B.O sobre o fato, já que se sentiu prejudicada pelo corte da árvore.
Para esclarecer a situação nossa reportagem procurou a Secretária Municipal de Meio Ambiente, para saber como funciona ao certo essa situação das árvores que ficam sobre as calçadas das residências.
Eles nos informaram que de fato não pode arrancar, cortar ou sacrificar arborização urbana sem a autorização previa do órgão ambiental, que neste caso assim como em outros, onde existem denuncias, o fiscal notifica a pessoa que realizou o corte e ele tem que plantar outra árvore no mesmo local, além de poder sofrer outras sanções.
Além do aspecto ambiental, neste caso ainda havia todo o cuidado dessa moradora com essa árvore, ela nos revelou que comprou a muda da própria loteadora na época e que quando voltou do trabalho e observou que ela havia sido arrancada foi um choque.
Nas cidades, as árvores desempenham um papel muito importante na melhoria da qualidade de vida da população e do meio ambiente.
Entre os benefícios podemos citar: bem-estar psicológico, efeito estético, sombra para os pedestres e veículos, proteção contra o vento, diminuição da poluição sonora, redução do impacto da água de chuva, auxílio na diminuição da temperatura e preservação da fauna silvestre.
Contudo, este trabalho não deve ser feito de forma aleatória, já que só será realmente efetivo quando realizado um bom planejamento de arborização para tal.
É de responsabilidade da gestão pública de cada município este planejamento, desde sua concepção até sua implantação e manutenção através da disponibilização de técnicos e agentes ambientais capacitados para as etapas de plantio, poda de árvores e supressão.
Nesta análise deve-se levar em consideração não somente as características peculiares de cada cidade (valores culturais, ambientais e de memória), como também aspectos importantes para se garantir a segurança e a mobilidade dos cidadãos e evitar situações conflitantes entre a arborização e equipamentos urbanos como fiações elétricas, postes de iluminação, muros e passeios. É escolher “a árvore certa para o lugar certo”, e é neste ponto que deverão ser utilizados os princípios da arborização urbana.
